O futuro do futebol brasileiro ainda é incerto. Com o início das férias coletivas nesta quarta-feira por um período de 20 dias, os dirigentes tentam achar uma solução para a sequência da temporada. A expectativa dos cartolas é que no próximo dia 21 todos os atletas possam voltar ao trabalho. Se isso não ocorrer, a diretoria dos clubes pode reduzir os salários dos atletas e comissão técnica em até 25%. O técnico do Avaí, Rodrigo Santana, diz que este é um momento em que todos precisam entender a situação financeira do clube e procurar se adequar para passar por este momento de crise.
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Rodrigo Santana concorda com a suspensão das competições. Para ele, foi a melhor forma para tentar combater a Covid-19, o novo coronavírus. Sobre as férias coletivas, o técnico entende que é uma solução acertada. “É uma solução. Com o atraso de campeonato, as dificuldades que a gente já tem para encontrar datas no nosso calendário brasileiro, seja uma solução, uma vez que a gente sabe que o campeonato vai se estender mais, aquelas férias de dezembro os dias terão que ser preenchidos e as férias serão menores ainda, então acabou sendo uma solução antecipar as férias”, disse o treinador do Leão da Ilha.
Sobre a possibilidade da redução salarial em 25% no caso da paralisação continuar, Rodrigo diz que é o momento de entender esta realidade. “Eu acho que a gente também precisa entender as dificuldades de receita do clube com a paralisação e procurar se adequar ao atual momento e a crise que estamos vivendo e ser leal ao clube e ver que a diretoria do Avaí trabalha honestamente e está sendo muito transparente com a gente e eu acho que temos que nos unir e dar as mãos neste momento e procurar fazer o melhor para o Avaí, mesmo nesta grande crise que o país e o mundo vivem”, destacou o técnico.
O treinador está iniciando o seu trabalho no Avaí. Ele fez apenas dois jogos com duas vitórias e estava começando a colocar o seu método no grupo e por conta da paralisação, não conseguiu dar sequência e Rodrigo Santana avalia até onde esta parada pode atrapalhar o seu planejamento. “A gente vai tentando evoluir dentro de um ciclo de treinamento, e vamos do micro ao macro. A gente vinha em um processo de evolução. Os jogadores sempre sentem um pouco a diferença, pois eles vinham em um ritmo e quando troca o treinador, que vem com outra forma de trabalho, eles sentem, mas a gente vinha em processo de evolução e quando tem esta parada, atrapalha um pouco ritmo”, destaca o técnico.
O Avaí terminou a primeira fase do campeonato catarinense em primeiro lugar e terá como adversário nas quartas-de-final a Chapecoense, com o primeiro jogo acontecendo em Chapecó e a partida de volta em Florianópolis.
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Ouça a entrevista do técnico do Avaí, Rodrigo Santana