Rodrigo Gral voltou das férias cheio de novidades. A primeira é a forma física – ele está “fininho”, com 10% de gordura e cinco quilos a menos do que em 2013. A segunda é uma tatuagem com o símbolo da Chapecoense no braço esquerdo.

Continua depois da publicidade

Com o novo adorno logo abaixo do ombro, Rodrigo Gral quis fazer uma homenagem ao clube de sua cidade natal e à torcida alviverde, que comemorou os acessos à Série B e a à Série A desde que ele chegou ao clube, em setembro de 2012.

Sua estreia com a camisa da Chapecoense aconteceu no mesmo dia da do treinador Gilmar Dal Pozzo, que foi uma das pessoas mais contentes com a forma em que o atacante de 36 anos se reapresentou.

– Rodrigo foi o jogador que mais se cuidou durante as férias – disse o técnico, elogiando o profissionalismo do veterano.

Continua depois da publicidade

Gral admite a possibilidade de se aposentar no final da temporada. Por isso, quer aproveitar aquele que pode ser o seu último ano no futebol para aumentar o número de conquistas no currículo, que conta com Libertadores da América, Campeonato Gaúcho, Carioca, Pernambucano, Japonês e Copa do Brasil, entre outros.

Se a carreira do jogador está repleta de conquistas, ainda falta uma pelo Verdão. Esta é a motivação e a razão do astral revigorado do jogador neste início de 2014. Afinal, o atleta quer recompensar o time de sua cidade, do coração e, agora, da pele.

Gral recebeu a reportagem do Diário Catarinense para falar sobre as metas para o ano e explicar a homenagem ao clube.

Continua depois da publicidade

Diário Catarinense – Como surgiu a ideia de fazer a tatuagem?

Rodrigo Gral – Queria fazer algo para marcar esses dois anos no clube, em que saímos da Série C para a Série A. Principalmente pela maneira como foram essas conquistas. Nesse período recebi o carinho do torcedor, formamos um grupo unido. Queria fazer essa homenagem para marcar os 40 anos do clube, comemorados no ano passado, com o acesso à Série A. É também uma homenagem para a torcida. Estou realizando um sonho, o de jogar pelo clube que aprendi a torcer quando era criança.

DC – Você chegou a pensar em parar no ano passado, mas o acesso parece que o revigorou.

Gral – Estava pensando se parava ou não. Conversei com a diretoria, mas o que mais pesou foi a permanência do Gilmar (Dal Pozzo) com o grupo. Alguns saíram, mas a maioria ficou. Estamos juntos desde 2012. Hoje o que conta muito para mim é a amizade. E tem a possibilidade de disputar a Série A no segundo semestre, o que era um sonho. Isso realmente dá uma nova energia. Me sinto com 17, 18 anos, disputando meu primeiro Brasileiro.

DC – O que muda do Catarinense do ano passado para agora?

Gral – Agora temos mais responsabilidade. Somos um time de Série A, condição que o grupo conquistou. A Chapecoense agora é um time a ser batido.

Continua depois da publicidade

DC – No ano passado você foi vice-artilheiro do Catarinense, mas depois teve problemas particulares, lesões e perdeu a vaga para o Rangel, que foi o artilheiro da Série B. Agora recomeça com a expectativa de ser titular?

Gral – Estou me dedicando e vou trabalhar para ajudar o time. Vai jogar quem estiver melhor.

DC – Qual é a sua meta pessoal?

Gral – Como este pode ser meu último ano, queria fechar com um título. Esse grupo merece, pois é comprometido. Tivemos o acesso da Série B, o da Série A e o vice do Catarinense do ano passado. Mas agora, por esse grupo ser uma família, merece comemorar um título.