O primeiro gol do novo gramado da Arena Condá parecia que estava reservado para o atacante Rodrigo Gral. Foram 239 minutos de bola rolando até que ele desviou o chute de Bruno Rangel para a rede, aos 14 minutos do segundo tempo, na vitória por 1 a 0 diante do Atlético-Ib, no domingo. No início do lance, o meia Neném havia chutado na trave. Ontem, antes da reapresentação do grupo que se prepara agora para a semifinal contra o Figueirense, Gral atendeu a reportagem Diário Catarinense no gramado da Arena Condá, na goleira em que saiu o primeiro gol. Ele lembrou do pênalti perdido contra o Figueirense, no returno, defendido pelo goleiro Ricardo. Falou da ansiedade por ter ficado cinco jogos sem marcar (isso sem contar os dois jogos que ficou fora, contra o Avaí, lesionado, e Camboriú, suspenso). Destacou a importância histórica do primeiro gol no novo gramado e reiterou sua identificação com o clube e a cidade onde nasceu.

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Desde que voltou para Chapecó, Gral conseguiu atingir a marca pessoal dos 500 gols, segundo sua contagem, que inclui categorias de base. Também foi decisivo no acesso da Chapecoense para a Série B. Agora, com 10 gols, briga pela artilharia e o título Catarinense. Aos 36 anos, Gral às vezes é criticado por alguns torcedores. Mas cada vez mais ele vem batendo as metas que se impõe. A próxima é passar pelo Figueirense. Confira a entrevista que o atacante deu ao DC. ?

Diário Catarinense – Qual é a sensação de fazer o primeiro gol do novo gramado da Arena Condá?

Rodrigo Gral – Tem um significado especial pois foi o primeiro. Um dia quem sabe vou trazer meu filho e dizer para ele que o pai fez o primeiro gol aqui. Realizei mais um sonho.

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DC – Foram dois jogos sem ninguém marcar, o Nivaldo salvando em alguns momentos e, no lance do jogo, o Neném chutou na trave e o Rangel também chutou e você desviou para a rede, você sente que esse primeiro gol era par você fazer?

Rodrigo Gral – Parecia algo predestinado. Agradeci muito a Deus na comemoração. Já tinha perdido o pênalti nesta mesma trave, contra o Figueirense. Eu estava ansioso para marcar pois para mim é diferente. Sou um torcedor. Sou daqui. As pessoas me encontram na rua. Eu mesmo também me cobro. Por isso comemorei tanto. Todos comemoraram pois o grupo é muito unido.

DC – Esse gol alivia a pressão para semifinal contra o Figueirense, já que você não marcava desde a partida contra o Joinville e o time ainda não tinha feito gol no novo estádio.

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Gral –Traz confiança. No segundo turno diminuímos nosso rendimento e também as oportunidades de gol. O Gilmar conversava comigo mas, pela experiência que tenho, sabia que uma hora ia sair. Eu faço parte de uma engrenagem e se essa engrenagem funcionar os gols vão sair.

DC – Como vocês encaram esse confronto contra o Figueirense, vão tentar ser mais cautelosos no jogo fora?

Gral – Nós temos uma postura definida. Recuperamos isso no jogo contra o Atlético. Nesta semana vamos trabalhar bem pois lá vai ser uma batalha. Temos que jogar com o regulamento e com inteligência. Nosso objetivo é chegar na final. Vencer o Figueirense terá um gosto especial pois foi o único time que não vencemos.

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