No final do treinamento de ontem no Avaí teve uma reunião – registrada pelos setoristas – entre jogadores e diretoria no centro do gramado. O assunto era a questão salarial – assunto que provoca arrepios nos torcedores, principalmente num momento em que o dentro de campo está quase perfeito, com vitórias, arrancada, entrada no G–4 e possibilidade real de brigar por mais um acesso à Série A.
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Os atletas queriam um posicionamento da diretoria sobre os salários de julho, que venceram em agosto, e os de agosto, que venceram agora no fim de setembro. Os jogadores ouviram que um pagamento será feito ainda esta semana e outro na semana que vem.
Engenharia financeira
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O Avaí trabalha em quatro frentes para ter o dinheiro que precisa agora e até o final do ano. O emergencial está vindo da renovação do contrato de patrocínio com a WOA Empreendimentos. A renovação foi acertada agora e o dinheiro está indo para estes atrasados com o grupo de jogadores. Por isso o presidente Francisco Battistotti fez um agradecimento público à família Koerich no Estádio CBN Diário, na última segunda-feira.
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A segunda frente é tentar o adiantamento de todo o dinheiro da venda do atacante Raphinha ao Vitória de Guimarães, feito no início do ano. Há ainda duas parcelas de 150 mil euros a receber. Uma entrou agora, mas está presa no banco por conta da greve, e a outra entra no final do ano. O clube trabalha, com boas chances, para adiantar também a segunda parcela. Seria pouco mais de R$ 1 milhão a mais em caixa.
Dinheiro da Caixa aliviou pressão da Justiça do Trabalho
Aliás, nas últimas semanas o Avaí conseguiu reverter uma cobrança forte da Justiça do Trabalho, que queria garantias de pagamento de parcelas atrasadas do acordo chamado de “Ato Trabalhista”. Isto foi feito com o patrocínio master da Caixa Econômica Federal. Todo o dinheiro – R$ 400 mil até dezembro – já tem endereço certo: vai para a Justiça do Trabalho, que aceitou este montante como garantia de pagamento das dívidas com as parcelas o “Ato”.
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Resgatando sócios
A terceira frente teve o capitão Marquinhos e a recuperação do time como aliados na estratégia. A ideia é fazer o sócio entender como ele é importante para que o clube consiga ter um bom fluxo de caixa. O Avaí já começou a ter a volta de sócios que não estavam em dia. Se os quase 10 mil associados estiverem em dia, o Leão tem R$ 600 mil mensais garantidos, conseguindo dar sustentação às contas que fazem o dia a dia do clube, como a parcela do acordo com a Justiça do Trabalho.
Novas negociações de jogadores
Para terminar o ano com dinheiro suficiente para fechar as finanças e poder dar a largada para 2017, o Avaí pode resolver duas negociações. A primeira delas é a novela Gabriel. O empresário do jogador vem a Florianópolis na semana que vem. O Leão tem uma proposta em mãos por 50% dos direitos do zagueiro. Um grupo de empresários pretende comprar para colocá-lo no Corinthians.
A novidade agora é a possibilidade da venda também de 50% dos direitos do atacante Romulo. Há uma conversa inicial com o Flamengo. Nas duas negociações o clube manteria 20% dos direitos dos atletas e eles ficariam no Avaí até o final do ano. Se fechar os dois negócios, o Leão, finalmente, fica com as contas em dia e poderia começar a projetar o próximo ano.
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