Rodrigo Faraco: um Figueira que não apareceu, um líder com problemas e um clássico que virou título

Sem ser Figueirense

O Figueirense foi tímido, esteve fraco, e ficou correndo atrás da Chapecoense o tempo inteiro. É muito pouco para ser Figueirense, o atual bicampeão Catarinense, o time que mais tem títulos estaduais na história, e que tinha um tabu de nove jogos diante da Chapecoense. Tenho certeza que o torcedor não reconheceu no time que esteve em campo, aquilo que ele quer ver do Figueirense. A estratégia era arrastar o jogo e tentar segurar o 0 x 0, para surpreender a Chapecoense num contra-ataque. Mas aí faltou armar esse contra-ataque, ensaiar esse contra-ataque. Não havia nenhuma jogada forte, nenhuma válvula de escape. Talvez com um pouco mais de ousadia, ou arriscando um pouco mais, o Figueirense pudesse ter algum resultado na Arena Condá. Pra quem entrou no campeonato como um dos favoritos, é inaceitável esta postura.

Líder, mas com problemas

A Chapecoense é líder do campeonato, com cinco vitórias em seis partidas, e caminha para levar o título do turno e a primeira vaga para a final. Tudo isto está claro e todo mundo já sabe. Só que mesmo com tudo isto, há uma lentidão no meio de campo, e nas viradas de bola, que complicam o time quando o adversário joga tão fechado, como jogou o Figueirense. Além disso, é preciso ter uma variação à jogada pela direita, com Maranhão. É claro que com as vitórias, com os resultados, fica bem mais fácil resolver tudo isso. Mas é um trabalho que precisa ser feito.

Eutrópio

Vinícius Eutrópio foi a opção que restou ao Figueirense, depois que a diretoria tentou outros nomes e não teve sucesso. O Figueirense tentou efetivamente três técnicos e deixou Vinícius na manga. Com as negativas de Lisca, do Ceará, e Antônio Carlos Zago, do Juventude, e considerando caro o técnico Marquinhos Santos, ex-Coritiba, a direção do clube foi ao encontro do nome que agradava a torcida, mas não era consenso entre os dirigentes. Eutrópio chega com respaldo de torcida pelo acesso de 2013 e o título estadual de 2014, mas vai ter muito trabalho para acertar o time, que precisa urgentemente de pelo menos duas contratações para o meio de campo.

Clássico virou título

Os dois estão mal no Campeonato. O Avaí até surpreende porque não se esperava muito. O Figueirense decepciona totalmente. Para os dois, a partir de agora, o clássico é o campeonato do turno. Sem ter como lutar pela vaga à final neste turno, o título dos dois vai ser vencer o seu maior rival. É isto que vai ser conversa durante esta semana, antes do jogo, que é na quinta-feira.

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