O Figueirense comemora 95 anos no domingo, dia da partida contra o Flamengo. Numa semana como esta o torcedor costuma puxar à memória grandes momentos do clube em campo. E nesta história de Brasileiro, dois times recentes sempre vão ser lembrados: o time de 2006, construído pelo técnico Adilson Batista, e o de 2011, comandado por Jorginho – ambos foram sétimos colocados na Série A.

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Eram equipes com estilos diferentes, mas que encantaram o torcedor e lançaram jogadores para o futebol brasileiro. O time de Adilson tocava mais bola e envolvia o adversário. Teve uma largada fantástica, com resultados expressivos como a goleada de 6 x 1 sobre o Palmeiras. O time de 2011 jogava mais fechado, mais tinha muita qualidade na saída de bola e um contra-ataque poderoso, com Júlio César e Wellington Nem.

Passagem histórica

O Figueirense revelou muitos jogadores e recuperou outros tantos nestes tempos recentes de Série A. A lista de revelações tem Clayton, Roberto Firmino, André Santos e Filipe Luís. Há também uma lista de recuperados no clube que depois ganharam repercussão e carreira, como Michel Bastos, hoje no São Paulo, Cícero, que está no Fluminense, e Claiton Xavier, do Palmeiras. Mas entre as contratações bombásticas nenhum deixou mais marcas que Edmundo. Até hoje o ano de 2005 é lembrado pela passagem do Animal. Atuações marcantes como a goleada, depois anulada, de Caxias, sobre o Juventude, e até um atropelamento sobre o Vasco de Romário, no Scarpelli. Foi um ano marcante destes 95 de história do Figueirense.

Técnicos brasileiros em baixa

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As demissões de Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes, na China, expõem mais uma vez uma grande ferida atual do futebol brasileiro: a qualificação dos nossos técnicos. Contratados como referência para projetos de longo fôlego e para o desenvolvimento do futebol chinês, os dois não duraram nem um semestre. É uma vergonha nacional.

Aqui em solo brasileiro, mais um português foi contratado. O América-MG fechou com Sérgio Vieira, no domingo. Sinal evidente de perda de espaço. Na verdade, não é que os técnicos brasileiros nunca tenham tido qualidade. É que eles pararam no tempo. O futebol começou a exigir muito mais. Enquanto não admitirem isto, não vão voltar a ter protagonismo.