As festas sempre trazem reflexões. Em termos gerais o final de ano é bom para os avaianos, com o acesso à Série A colocando sorrisos nos rostos, e ruim para os alvinegros, que ainda não engolem o rebaixamento. Mas o Avaí tem que saber porque subiu e o Figueirense porque caiu. São reflexões que precisam ser feitas. E esta é a época propícia para isto. Nunca é um motivo só. O Avaí subiu porque o time quis muito, porque a torcida quis muito. E porque teve o tempo correto de fazer as mudanças que eram necessárias. O Figueirense caiu, porque, apesar de ter bons jogadores, não tinha força de comando no vestiário.
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Fundamentalmente, foi o que mais faltou. Sem comando não há compromisso. 2017 traz desafios claros para os dois. Para o Avaí são dois: a permanência na Série A e colocar as finanças em ordem. Para o Figueirense há mais desafios: o acesso, a necessidade de reaproximação da torcida – há um distanciamento forte – e um pouco mais de clareza e transparência na gestão. Mesmo com estas reflexões, a Hora é de curtir um Natal e pensar num 2017 muito promissor. É preciso acreditar!
Bom zagueiro no mercado
O desligamento de Rafael Lima da Chapecoense deveria ser visto como uma oportunidade para os outros times do estado, especialmente a dupla da capital. Pelo visto o América-MG que vai levá-lo. Tem proposta e indicação do técnico Enderson Moreira. Mas caberia no Avaí, no Figueirense, no Criciúma e no JEC. É um zagueiro-zagueiro, firme e experiente.
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Bom no corpo a corpo e no jogo aéreo. Mas tem duas outras características que faltam em muitos atletas atuais: liderança e caráter, que são fundamentais dentro do projeto de qualquer clube. Rafael Lima construiu uma belíssima história na Chapecoense. Acredito que para ele vai ser ótima a saída de Chapecó. Seria duro seguir no estádio, no vestiário, depois de toda a tragédia. Tem idade, condição física e bola para jogar. Caberia em qualquer outro dos grandes do estado.
Catarinense 2017 vai ter disputa especial do interior
O Inter de Lages ganhou concorrência real para o próximo ano. O Atlético Tubarão parece ser a grande novidade da próxima temporada, como o Inter foi nos últimos dois estaduais. Com um investimento sério do empresário Luiz Henrique Ribeiro, o Atlético Tubarão tem um projeto de logo prazo que não admite mais dar passos atrás. O presidente afirmou em entrevista recente ao TVCOM Esportes que o objetivo é alcançar a Série B do Brasileiro até 2025, num planejamento muito parecido com o que foi feito no Paraná pelo Londrina.
A manutenção de um ótimo técnico como Mabília, que funciona como uma espécie de manager, e que poderia estar em um dos grandes do estado, vai ajudar muito nessa chegada à elite do estado. O Tubarão ainda vem com o peso de contratações como do atacante colombiano Renteria, 31 anos, campeão da Libertadores com o Internacional em 2006. O time do sul do estado promete. Inter e Metropolitano que se cuidem. Até os grandes podem ser surpreendidos em alguns jogos.
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