O Figueirense demitiu nesta sexta-feira dois profissionais de referência da comissão técnica: o preparador físico Marcos Seixas e o preparador de goleiros Marco Tedeschi. Os dois estavam no clube desde 2013.
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Figueirense demite preparador físico e preparador de goleiros
Tedeschi chegou ao Figueira no início daquele ano por indicação do técnico Adilson Batista, e Seixas veio em setembro indicado pelo executivo Rodrigo Pastana e pelo técnico Vinícius Eutrópio. Os profissionais cumprem férias neste momento e foram avisados da demissão por telefone. Marcos Seixas está no exterior e disse que foi surpreendido pela ligação quando entrava numa montanha russa com os filhos. Estava bastante decepcionado e não quis estender a conversa, apesar de confirmar a informação. O mesmo ocorreu com Marco Tedeschi. Em férias na capital catarinense, estava arrumando as malas para viajar para Curitiba, quando recebeu a ligação com a informação do desligamento. Também não quis falar muito sobre o assunto, apesar de demonstrar a mesma decepção.
O que é preciso registrar é que são dois profissionais que comprovaram a qualidade do trabalho deles no período em que estiveram no clube. O Figueirense passa realmente por adequações financeiras e faz suas escolhas. Mas não cabe algum reparo ao trabalho de Seixas e Tedeschi nestes cinco anos.
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Histórico positivo
Seixas se destacou no Figueirense e teve seguidas convocações para a Seleção Brasileira, sendo vice-campeão mundial em 2015, como preparador da Seleção Sub-20, no mundial da Nova Zelândia. Mas o ponto alto foi a conquista do Ouro Olímpico, com Neymar e companhia, na Rio 2016 – as duas conquistas com o técnico Rogério Micale. Já Marco Tedeschi virou referência depois que teve o trabalho destacado no treinamento de goleiros que fizeram sucesso no Figueira em três temporadas seguidas. Tedeschi foi o preparador de Tiago Volpi, em 2014, Alex Muralha em 2015 e Gatito Fernandez em 2016.
A versão da direção
A justificativa da direção é a reformulação que está sendo executada, que atende aspectos profissionais e financeiros. O diretor/investidor Claudio Vernalha explicou, em conversa que tive com ele por telefone, que as demissões se ajustam a uma adequação financeira do clube e que foram feitas por telefone porque os profissionais estavam em férias e a direção entendeu que era melhor antecipar a liberação deles no mercado, em vez de esperar a volta das férias para anunciar as demissões, o que facilitaria uma recolocação imediata deles no mercado. Vernalha fez elogios aos dois profissionais, mas novamente considerou a questão financeira, pois os profissionais se valorizaram neste período e passaram a ser caros para o atual Figueirense.
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