Não foi dito e este momento, mas o que fica cada vez mais claro pelas informações, e até pelas palavras nas entrevistas que saem do Orlando Scarpelli, é que os investidores iniciais do projeto do Figueirense são o advogado Cláudio Vernalha, o sócio dele Luiz Gustavo Mesquita, e o executivo Alex Bourgeois. Eles devem entrar cada um com uma cota, criando um fundo, que pode ter outros investidores que ainda devem ser atraídos para o negócio. Isto não é uma informação. É sim um entendimento que passei a ter, depois de ouvir atentamente todas as entrevistas e ler um pouco para conhecer cada um dos que estão envolvidos no processo.
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Há uma grande responsabilidade nisto, pois agora eles têm um contrato a cumprir. Há risco para eles também, apesar de não ter a menor dúvida que o Figueirense é altamente viável financeiramente, com a força do seu futebol, a sua marca e sua torcida. O desafio deles é gigante, mas como todo investidor estão apostando alto e vão ter que trabalhar para fazer o negócio dar certo pra eles e para o clube.
Como ficam as dívidas
O Figueirense tem uma dívida que gira em torno de R$ 70 milhões, com projeção de fechar o ano em R$ 80 milhões. Esta dívida não vai ser paga de imediato pelos investidores. Isto não existe. Ninguém vai chegar desembolsando esta quantia para um negócio como este. O que apurei é que vai ser criada uma conta – numa operação chamada de Scroll Acconut em que as duas partes, clube e empresa, depositam sempre uma parcela do que for arrecadado.
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Esta conta não pode ser mexida e o montante vai amortizando a dívida. Isto tem o prazo do contrato, 20 anos, para ser feito. É claro que esta explicação é superficial, mas em resumo esta é a operação que vai fazer com que o clube possa equacionar as dívidas que possui atualmente.