Erros no Avaí
O técnico Raul Cabral errou feio desta vez. Sem Caio César no meio, com Diego Jardel abrindo na direita e Iury caindo pela esquerda, o meio de campo do Avaí tinha um buraco enorme e tudo estourava nos dois volantes. O resultado foi um Metropolitano aproveitando em volume na criação e usando muito bem também os lados e as costas dos laterais do Avaí. O time organizado em campo era o de Blumenau, que chegava fácil e fez três no primeiro tempo, enquanto que o Avaí individualista fazia muita força pra chegar. O resultado foi correto. A goleada merecida. O único momento em que o Avaí mostrou alguma reação e força foi no início do segundo tempo, mas isto durou apenas 20 minutos – tempo do quarto gol do Metrô. O Avaí começa muito mal o returno e de sábado passado a este último domingo foram três derrotas, com nove gols sofridos. É muita coisa.
Continua depois da publicidade
Pagando o preço
O Figueirense tentou concentrar a repercussão do jogo e da derrota para o Joinville no lance polêmico do primeiro gol do Jec, mas o que precisa ser dito é que o campeonato está passando e o time está pagando o preço pelo planejamento equivocado feito para este início de temporada. Com um discurso de que agora a diretoria está fazendo as “contratações de Série A” a pré-temporada realizada foi praticamente jogada fora. O time que começou a competição está praticamente descartado. Um novo time está sendo montado com o Estadual a pleno vapor, um novo técnico foi contratado, e mesmo com mais qualidade está difícil de haver um acerto em campo e bom futebol. Com duas derrotas em duas rodadas, o Furacão começa a se agarrar à matemática para chegar ainda à disputa neste returno. E para um time que entrou como favorito, ter no geral apenas nove pontos é um vexame. A Chapecoense, que era o alvo e concorrente nas apostas do campeonato, já foi campeã do turno, já é finalista, e já somou 29 pontos no geral.
Continua depois da publicidade
Maria deu show
O destaque do final de semana foi a organização tática e a forma como o Joinville surpreendeu o Figueirense no Orlando Scarpelli. Hemerson Maria fez o time jogar compacto num espaço de 25, 30 metros. O Figueirense ficou amarrado, sem ter mobilidade e criação, e o Joinville soube se aproveitar praticamente definindo o jogo em 20 minutos. Foi um show de organização e tática.
Sandro Meira Ricci
Não concordo com a reclamação do Figueirense, que acusou Sandro Meira Ricci de má vontade na condução do jogo de sábado. Avalio que se não fosse ele, com as confusões e clima tenso, talvez o jogo não tivesse terminado bem na parte disciplinar. Ao mesmo tempo tenho que avaliar que ele errou na conduta do lance polêmico do primeiro gol do Jec, no sábado. Ricci confirmou o gol no primeiro reflexo, anulou o lance rapidamente com a marcação do assistente, para depois de conversa ao lado do campo, confirmar novamente o gol. Foram três decisões em campo para tomar apenas uma. Era preciso ter mais segurança do que viu. A insegurança dele e as marcações divergentes trouxeram prejuízos à arbitragem e à estabilidade das equipes em campo. O resto mais é conversa de futebol de sempre.
Confira o Espaço do Trabalhador no Facebook
Acompanhe as notícias da Grande Florianópolis