Toda conquista tem seus líderes. Os dois times que estão terminando o ano de forma positiva têm líderes bem definidos. No Avaí, Marquinhos sempre teve este papel. Mas o grupo atual ainda tem Betão e Renan como líderes novos e muito positivos. São jogadores que dão alma ao time e que são respeitados como referências técnicas e pela carreira que construíram.

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Na Chapecoense, Cléber Santana é um líder e uma clara referência para o grupo. O técnico Caio Júnior tem sido também este líder. Era algo que faltava em Guto Ferreira, que não tinha tanta simpatia do grupo de jogadores. Os dois times podem até não alcançar o objetivo final – no caso do Avaí é o acesso à Série A, no da Chapecoense, o título da Sul-americana – mas estão terminando o ano nos braços da torcida e tendo construído algo real para projetar o início de 2017.

Ausência de liderança

Em um dos cinco grandes catarinenses há uma ausência de liderança. O Criciúma não tem um efetivo líder. O goleiro Luiz poderia até ser identificado como este comandante de grupo, mas não vejo com esta força diante dos companheiros. O Tigre da temporada foi uma equipe sem expressão, sem vida. Até tem qualidade, mas faltou quem comandasse dentro de campo a equipe.

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Um dos motivos que fizeram a equipe estar sempre muito perto da turma que briga pelo acesso, mas praticamente nunca efetivamente entre estes times. Ficou sempre no quase. O técnico Roberto Cavalo até que tentou exercer este papel, mas fugiu ao controle dele, principalmente pelas quebras de grupo que foram realizadas pela diretoria com negociações que enfraqueceram o time.

Lideranças negativas

Figueirense e Joinville viveram o inverso disso tudo. Os dois times tiveram líderes que acabaram conduzindo o time de forma errada. O JEC acreditou em Bruno Aguiar, que já nem está mais, e Jael para este papel. Nenhum dos dois conseguiu fazer o que era necessário. Jael foi uma pálida lembrança do artilheiro que a torcida esperava e que conduziu a equipe em 2014. O atacante não conseguiu sequer ser liderança técnica, pois os gols foram raros.

No Figueirense, os três líderes da temporada eram Carlos Alberto, Rafael Moura e Marquinhos. O primeiro sempre foi uma escolha errada. Carlos Alberto é um péssimo exemplo e não pode ser líder de nada. Saiu dispensado pela diretoria e brigado com boa parte do grupo de atletas. Rafael Moura passava a ser a grande aposta, mas não tem sido este condutor.

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Não vejo cobrando companheiros em campo ou sendo a referência que todos se espelham, e os gols também sumiram. E Marquinhos tem sido sempre um quase líder. Às vezes tem mais força pelo respaldo que tem da torcida e dos três anos de Figueirense, mas às vezes tem menos força pelas lesões e ausências que o fragilizam.