A terça-feira à noite foi muito mais agitada do que já seria na Ressacada. O principal era mesmo o jogo da Copa do Brasil entre Avaí e Bragantino, mas nos corredores, mais ou menos uma hora antes da partida, a conversa entre o meia André Moritz, formado no clube, e o presidente Francisco Battistotti começou, meio que por acaso.

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André estava na Ressacada ao lado do amigo Tássio, jogador com passagem no Figueirense, à convite do conselheiro Décio Sardá Jr., amigo dos dois. Estavam juntos ainda o presidente e outro conselheiro, Vandrei Bion, ex-assessor de imprensa do clube. Em meio ao papo, Bion brinca com Moritz sobre uma possível volta ao Avaí no futuro, aquela história do ¿quando você for encerrar a carreira¿.

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O presidente Battistotti ouvindo tudo se coloca efetivamente na conversa, querendo saber a condição atual do atleta e se ele teria interesse de uma volta ao Avaí de hoje. André é pego de surpresa, mas fala do carinho que tem pelo clube, responde que no momento está sem contrato, mas que teria que esperar a janela do meio do ano pra qualquer volta ao futebol brasileiro. No final, não houve uma proposta formal, apenas essa conversa informal.

Constrangimento desnecessário

Com tudo que possa envolver uma volta de Moritz, a condução da questão foi errada. Faltou habilidade ao presidente, Francisco Battistotti, que, por mais que estivesse bem intencionado, expôs o atleta e o técnico Silas, que foi pego no contrapé na entrevista coletiva ao ser perguntado sobre Moritz. Nitidamente irritado, ficou sem saber o que dizer. E o jogador estava meio sem jeito ao conversar com os colegas na cabine da CBN Diário, que foi o que deu dimensão a toda história.

A questão é que Silas quer trazer o volante Ferdinando e tem recebido o retorno da diretoria que não há mais dinheiro para contratações, então ficou vendido ao ser perguntado na coletiva. No final, o que poderia ser uma boa, a vinda de Moritz, começou de maneira atravessada.

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Uma boa contratação

André Moritz seria uma boa contratação para o time atual do Avaí. Talentoso, o meia traria qualidade e inteligência ao time atual, além de mais poder de finalização. Moritz completa este ano 30 anos e já rodou o mundo, entre Turquia, Inglaterra, Coreia e Tailândia. No Brasil, atuou no Inter e no Fluminense, onde, aliás, ficou marcado por um gol que salvou o tricolor do rebaixamento em 2006, no Arruda, contra o Santa Cruz.

O ponto alto da carreira foi na Inglaterra, quando ajudou o Crystal Palace, no acesso à primeira divisão da equipe em 2013. Cidadão do mundo desde 2007, talvez esteja realmente pensando em voltar pra casa.