O Joinville passou o segundo turno, com uma campanha quase perfeita, esperando o adversário, usando as linhas compactas e saindo forte para o ataque na retomada da bola. Acontece que se o JEC começar o jogo assim no domingo ele corre o risco da Chapecoense ficar com a bola no pé sem querer se arriscar, sem querer muito jogo e fazendo o tempo passar de maneira confortável. Então o Joinville vai precisar ser mais agressivo desde o início da partida, tirando a Chape da zona de conforto.

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Por isso acredito em um time marcando forte na saída de bola do Verdão e para provocar o erro. Roubando a bola ali, vai estar próximo do gol e pode levar bastante perigo ao goleiro Danilo. É um JEC diferente, mas precisa ser, pois a situação é bem complicada. O time comandando por Hemerson Maria precisa de um gol cedo para voltar à disputa.

Chape sem mudança

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O que deu certo em Joinville deve ser repetido em Chapecó. Conhecendo um pouco do modo de trabalhar do técnico Guto Ferreira, a Chapecoense vai repetir a fórmula da primeira partida. Talvez, no máximo, o time dê um passo adiante na marcação, que em Joinville foi feita no campo de defesa.

O jogo da Chape é primeiro garantir o que foi feito e depois tentar aumentar ainda mais a vantagem. E isto projeta mais uma vez uma equipe saindo na boa e nos erros do adversário. Não há porque a Chapecoense se expor no início da partida, seria um risco desnecessário. A Chapecoense tem time, tem grupo e está muito bem organizada. Só perde o título se for muito mal em campo.

Olho nele!

O meia Pereira, que recém chegou ao JEC, é muito bom jogador. É aquele meia liso, que dá muito trabalho à marcação e tem facilidade pra encostar no ataque e colocar companheiros na cara do gol. No segundo tempo em Joinville, Pereira mostrou um pouco do que pode fazer, deixando Josimar na saudade em alguns lances em que driblou fácil e chamou os laterais do Tricolor para o jogo. Naquela partida Pereira jogou como ¿falso 9¿ e teve dupla função – em tese tinha que armar para ele mesmo completar. Não deu certo! Faltava sempre alguém na área. Neste jogo final, vai jogar na dele, armando no meio. É o cara a ser observado no Joinville.

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Ananias

A única alteração que eu acredito que possa acontecer na Chapecoense para a final é a volta de Ananias, no lugar que foi ocupado por Maranhão. Além do gol que fez, do mérito de ter jogado o campeonato inteiro como titular, Ananias faz muito mais o trabalho tático na equipe – aquele de acompanhar o lateral e recompor os espaços na linha de marcação.