O Figueirense confirmou oficialmente no início da noite de ontem a intenção de pedir a anulação da partida contra o Palmeiras. A notícia estourou antes, no meio da tarde, a partir de uma publicação da ESPN. O ponto de discussão é o segundo gol do Palmeiras, originado de uma cobrança de lateral feita de forma incorreta. Dudu lançou a bola, que antes de entrar em campo quicou fora das quatro linhas. Ou seja, a bola não entrou em jogo e o árbitro deveria ter mandado repetir a cobrança.
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Fui às consultas e falei com o procurador do TJD de Santa Catarina, Mário Bertoncini, que já foi presidente do mesmo Tribunal. Para Bertoncini, ali não há o chamado ¿erro de direito¿, que daria a possibilidade da anulação do jogo. O procurador explicou que ali há ¿erro de fato¿, pois é considerado que ¿o árbitro não viu, ou viu mal, como em qualquer outro erro durante uma partida de futebol¿.
O Figueirense faz o que precisa fazer e corre pelo que pensa ser o seu direito. Agora é esperar, pois o STJD vai ser no mínimo incoerente se não acatar a denúncia alvinegra depois que acatou a do Fluminense na segunda-feira.
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Manchas e mais manchas
O Fluminense já conseguiu abrir processo e suspender o resultado do Fla-Flu da semana passada. Não duvido que consiga também anular a partida. O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, disse que o campeonato está manchado. Frase repetida pelo presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, no domingo. E dita também, em outro tom, pelo presidente do STJD, ao justificar a abertura do processo no caso Fla-Flu.
Ronaldo Piacente afirmou que ¿isso mancha o campeonato¿ à reportagem do Globoesporte.com. Como se percebe, o campeonato que estava bom, bem disputado, pode terminar mais uma vez de uma forma deprimente, com tribunal, julgamentos e tudo que já se viu em outras edições, como em 2013. É lamentável!