O novo diretor de esportes do Avaí, Joceli dos Santos, chegou querendo colocar o Avaí numa realidade que não é a atual do clube. Não há nada de errado em querer o Avaí grande dentro da competição – eu mesmo já escrevi aqui que o Leão precisava se colocar como um grande na Série B.

Continua depois da publicidade

A questão é que o final do turno da competição mostra que o time está muito mais perto da zona perigosa do que da turma que briga pra subir. São quatro pontos acima do Z-4. Que podem ser apenas três se o Goiás vencer o jogo atrasado que tem contra o Sampaio Corrêa. E são nove pontos distante do G-4, que podem ser 10 se o Atlético-GO ao menos empatar o jogo atrasado que tem contra o Bahia.

Estou mais de acordo com o discurso de Silas. O treinador nunca descartou o acesso, mas trabalha com a realidade atual e sem iludir o torcedor. O Avaí precisa primeiro subir um pouco mais a tabela de classificação. Só aí vai poder entrar numa outra realidade e sonhar mais alto. Por enquanto, o desafio ainda é gigante.

Por um espírito mais olímpico

Tomara que a Seleção Brasileira masculina que entre em campo hoje tenha um pouco mais desse espírito de Olimpíada que está tomando conta do país. Que emocionou a todos na vitória da persistente Rafaela Silva, medalha de ouro no judô. Que fez o torcedor explodir na vitória de um pontinho do basquete masculino sobre a Espanha, atual vice-campeã olímpica. Tudo que o torcedor quer é um pouco de carinho. Afinal, o 7 a 1 da Copa ainda fere e vai ferir por muito tempo.

Continua depois da publicidade

Que seja menos pelo marketing, menos pelo estrelismo de algum protagonista e seja mais por defender o futebol brasileiro supercampeão e que mexe com o nosso orgulho, seja para o bem ou para o mal. Se espera muito desta seleção e ela ainda pode dar muito. Mas, antes de mais nada, é preciso jogar um pouquinho mais pelo time, pelo torcida, pelo nosso futebol e suas tradições. Os garotos têm a última chance hoje à noite contra a Dinamarca. É fazer as pazes com a torcida com boa atuação ou acumular mais um desastre internacional.

Arbitragem

Mais uma vez o Brasileirão convive com a marca negativa da arbitragem. Na segunda-feira mais um lance escandaloso repercutiu em todos os canais. E mais uma vez com o goleiro Cássio, do Corinthians. Contra o Cruzeiro, o goleiro fez uma entrada violenta e ganhou o benefício da vista grossa da arbitragem – assim como no jogo com o Figueirense. Não estou falando em nenhum complô, nem nada neste sentido.

Uso o exemplo para ressaltar os erros, que têm sido gritantes rodada a rodada. Como no lance em que Magrão, do Sport, tocou de propósito com a mão na bola fora da área no domingo. E o juiz mandou o jogo seguir. Ou o pênalti ¿fantasminha¿ marcado para o Palmeiras contra a Chapecoense. O que está faltando é qualidade. A nova geração, comandada por expoentes como o baiano Marielson Alves, é muito fraca. E os clubes empilham DVDs na mesa da Comissão.