Escrevi aqui que o Figueirense foi dois times em um na última partida diante do Santa Cruz. Foi um time organizado e estruturado em campo no primeiro tempo, e foi outro time desorganizado no segundo tempo, quando o Santa impôs uma pressão e dificuldades à defesa alvinegra. Normal para um time em reconstrução. Mas não pode seguir assim.
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Pra que isso seja corrigido é preciso repetição e orientação do treinador. O 4-1-4-1 proposto pode trazer mais equilíbrio mesmo. É preciso repetir. O Figueirense achou um caminho para acertar a equipe. Não é o perfeito – até porque é possível jogar de diversas formas –, mas pode ser o que melhor se ajusta ao time atual e o que dê mais proteção, sem tirar a agressividade da equipe.
Observações 1
Zé Antônio saiu muito para dar bote na linha da frente, onde estão Dudu e Marco Antônio. Precisa entender que é a sobra deles e a última proteção. Se sair e der bote errado, deixa a zaga desprotegida.
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Observações 2
O lateral Dudu é muito bom no apoio, mas tem dificuldades enormes quando precisa fechar como zagueiro, função obrigatória para o lateral quando a jogada do time adversário vem do lado contrário. Fica perdido no posicionamento nas jogadas aéreas e tem um tempo de bola ruim. É um dos problemas do time na bola aérea defensiva.
Observações 3
Robinho é muito bom de bola, como já escrevi aqui. Ele é diferente. Dribla e faz gols com uma habilidade que o difere dos comuns. Mas precisa ser orientado. Tem que jogar num espaço de campo que possa ser produtivo. Se ele achar que vai pegar a bola pra ele, driblar uma dúzia de adversários e resolver o jogo toda hora, talvez se perca.
Não pode se tornar um ¿peladeiro¿ no meio dos profissionais. Tem que cuidar porque veio direto do amador e precisa entender que o futebol profissional é coletivo em primeiro lugar. A individualidade dele é ótima, mas tem que se servir do coletivo. E não o contrário.
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