O início ruim do Figueirense merece a primeira grande avaliação. Com apenas 33% de aproveitamento em seis jogos, o time já tem dois resultados que realmente ligam o sinal de alerta. O empate em casa com a Ponte Preta e a derrota para o América-MG não podem ser aceitos como resultados normais. Seriam mais cinco pontos na tabela, ou, no mínimo, mais três. Mas a avaliação tem que ser mais profunda do que a simples rotina de troca de técnicos do futebol brasileiro. Primeiro é preciso entender que a formação do grupo de jogadores foi feita de forma atravessada, sem planejamento de um perfil.
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Há atletas de qualidade para jogar Série A, mas tudo isto foi sendo feito com remendos e de acordo com os resultados. Prova disto foi o discurso da própria diretoria de ¿antecipar etapas¿ quando os resultados do Estadual não foram satisfatórios. Na verdade, o Figueirense não antecipou nada. Fez errado no início do ano e desde então está tentando corrigir a rota. Mas a falta de um perfil de equipe passa, além dos erros e acertos do técnico Vinícius Eutrópio, também pelos da diretoria de futebol. O Figuera ainda não tem um time, não tem um perfil. Só que isto é responsabilidade de mais gente do que Eutrópio.
Síndrome de Cabralzinho
Ao mesmo tempo, Vinícius Eutrópio chama pra ele uma cobrança enorme ao seguir repetindo que o adversário é melhor, bom ou muito bom. É a repetição da famosa frase do antigo técnico Cabralzinho, que dizia que ¿vocês têm que ver que do outro lado está o São Paulo¿. Não dá pra aceitar. Eutrópio deveria ficar enlouquecido de perder um jogo como este para o América-MG, e jamais ficar ressaltando que o outro time foi campeão mineiro.
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Renovações
O Figueirense renovou ontem os contratos do atacante Gustavo Ermel e do lateral Marquinhos Pedroso. Ermel teve o vínculo ampliado até 2020, enquanto Pedroso tem contrato até o final de 2018. São dois jovens que vêm sendo aproveitados e têm mostrado trabalho em campo.