O Avaí deve ser praticamente o mesmo, segundo o técnico Claudinei Oliveira, contra o Cruzeiro. Não havia porque mudar depois da ótima atuação do time diante do Corinthians. Apenas o lateral Capa fica fora por suspensão e entra João Paulo. O jogo é mesmo parecido.
Continua depois da publicidade
O Cruzeiro, apesar de ter até um pouco mais de talento na frente, e até agressividade, com Thiago Neves e Rafael Sóbis, em relação ao Corinthians, gosta, como o time de Carille, de jogar mais atrás, esperando para fazer contra-ataques. Tem dificuldades contra defesas fechadas. Cabe ao Avaí fechar os espaços, como fez contra o Timão. Só que, desta vez, a missão é vencer.
Na última quarta, a missão era segurar o líder. O Leão precisa muito dos três pontos nesta partida, para tentar terminar o turno, nas outras três partidas, com uma pontuação que alivie a dureza do que vai ser necessário fazer no returno. O jogo é tão complicado quanto era o de quarta. Mas o Avaí já sabe que tem condições de encarar.
Nove sobreviventes
Continua depois da publicidade
Claudinei Oliveira, Mano Menezes, Fábio Carille, Zé Ricardo, Jair Ventura, Renato Gaúcho, Abel Braga, Gilson Kleina e Cuca. Estes são os técnicos sobreviventes na Série A em 15 rodadas. A semana e os resultados derrubaram mais quatro treinadores. Alguns deles, como Doriva e Gallo, já estavam substituindo outros que haviam saído. Outros destes já estão pendurados.
A queda de técnicos é um subproduto do futebol brasileiro. É sempre o artifício para acalmar o torcedor, ou dar uma satisfação pelo que acontece de errado no time. Além de servir para esconder os erros dos gestores, que geralmente vão de acordo com a maré ou com as pressões e as tensões que o jogo a jogo apresenta.
Torcedor também tem a sua parcela
O que escrevo aqui não é novidade nenhuma e talvez até já esteja velho no momento em que você estiver lendo, porque mais algum técnico pode ter caído. Mas escrevo para cutucar você torcedor, que, às vezes, é o primeiro a querer a troca milagrosa e pedir a cabeça de algum treinador do seu time. Por quanto tempo você ainda vai se deixar enrolar ou enganar pelo ¿fato novo¿ ou pela satisfação depois da derrota, ou pela contratação da segunda-feira? O que se perdeu com o passar do tempo foi a cultura de que cada time tem sua escola.
Continua depois da publicidade
Na década de 1980 cada equipe tinha, muito claramente, seu perfil na forma de jogar e lançar jogadores.Com essa bagunça de técnicos e perfis diferentes, isto se perdeu completamente. Tudo vai de acordo com a sequência de rodadas e resultados, e se encaixa com a perfil do técnico da vez. É o técnico bombeiro, o incendiário, o moderno, o tático, o ultrapassado e até aquele que conhece todas as malandragens. E o torcedor vai na onda. O que vale e se alimentar da esperança renovada pelo novo técnico da segunda-feira, ou da quinta.