A comparação com 2010 é inevitável. Naquele ano, Márcio Goiano tinha um time bem melhor que este – em relação à qualidade é até duro comparar, mas vou chegar no estilo de jogo, na forma de jogar. Goiano montou um time que jogava com a posse da bola, envolvendo o adversário e jogando no campo de ataque, com a defesa bem adiantada. Era muito bom e até bonito de ver jogar. Tinha Maicon comandando o toque de bola e organizando o meio; tinha Lucas e Juninho, dois laterais agressivos e eficientes; e tinha dois zagueiros rápidos, que eram Róger Carvalho e João Filipe. Dava pra fazer o que era feito. Dava pra correr risco. Valia a pena. O que não dá é tentar fazer o mesmo com o time atual. Não há qualidade pra isso. Primeiro porque não há no meio nenhum atleta que organize. E não é Hélder que vai ter essa capacidade – jamais! Segundo porque Dirceu é um zagueiro lento. Se a zaga jogar adiantada vai ser grande o risco de tomar gols, porque não tem recuperação. O time atual, com o jogadores atuais, deveria jogar retrancado. Mas como fazer isso com a cobrança de ser protagonista? É um conflito conceitual e um problema para Márcio Goiano.

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