O Figueirense não pode admitir passivamente o massacre imposto pela Ponte Preta na eliminação da Copa do Brasil. É hora de cobranças fortes internas e definições de grupo. Se nenhuma ação forte acontecer, o recado que vai ficar é de passividade e aceitação. Ao mesmo tempo, não é momento para destruir tudo. A reação da torcida foi de achar tudo ruim. É normal! Ninguém mais prestava aos olhos do torcedor. Não é assim também.

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O Figueirense foi mal em tudo no jogo em Campinas. Até quem vinha crescendo e mostrando bom futebol foi mal, como o zagueiro Bruno Alves e o goleiro Thiago Rodrigues. Cabe ao departamento de futebol e ao técnico Argel detectarem, entre os jogadores, aqueles que podem render mais, aqueles que não vingaram, aqueles que vão ficar e os que devem seguir o caminho. O Figueira não pode mais perder tempo. A temporada já está atravessada. O que resta agora é salvar o ano.

Prioridade é o Brasileirão

A diretoria ainda não se manifestou, mas entendo que é momento de definir o Brasileirão como prioridade total. A Copa Sul-Americana é interessante esportivamente e financeiramente, mas pode ser uma aventura um pouco cara para um time que está na zona de rebaixamento e não tem conseguido resultados nas últimas rodadas. É claro que os jogos contra o Flamengo, que ainda não têm data definida, podem ocorrer em um momento melhor. Se o Figueirense reverter o quadro no Brasileiro, esta avaliação pode ser outra. Por enquanto é tocar forte o foco na Série A. As duas partidas seguidas em casa, contra Vitória e Sport, são muito importantes para isso.

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Líderes

O capitão do Figueirense é Rafael Moura. Só que o camisa 9 precisa se posicionar mais como líder. É mais fácil ser líder quando a situação está boa. Com a situação ruim é sempre mais difícil. Esperava dele uma palavra para a torcida nesta quinta-feira. Cheguei a cobrar isso no Debate Diário. Recebi uma explicação da Assessoria de Imprensa do clube sobre a decisão de que ninguém falaria no desembarque. Questão de segurança para todos. O que é totalmente aceitável e respeitável. Já elogiei aqui neste espaço o artilheiro do Figueirense, que chegou a Florianópolis mostrando muito empenho e vontade. Mas a hora é de ser líder no momento ruim. O Figueirense está precisando de líderes.

Saídas e reposições

Já foram Lucas Fernandes e Célio Santos. Estão em caminho de saída Gabriel e Rômulo. Individualmente você pode até questionar alguns desses atletas e a importância para o Grupo do Avaí. Mas a questão é a qualidade e a força do grupo. Aos poucos, o Avaí vai perdendo forças com a saída de jogadores, mais ou menos importantes. Campeonato longo, de pontos corridos, é feito de regularidade e grupo forte. É importante repor com qualidade estas saídas. Até agora não se viu nada no horizonte para repor Lucas Fernandes e Célio. E o Avaí não está com poder financeiro para escolher jogadores no mercado e contratar. É preciso ter a leitura do todo e fazer as reposições.