Não somente pelos 3 x 0 o Figueirense merece novos elogios. Pela atuação também. Parecia um jogo qualquer no Scarpelli, no sábado. O Furacão, de camisa nova, fez a partida ficar fácil. Muito fácil. O que faltou em Goiás, sobrou em Florianópolis. O jogo ofensivo e envolvente apareceu, com bons toques, tabelas e dinâmica com muita movimentação.
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Poderia ter sido mais, pelas chances criadas durante toda a partida. Nos números do jogo, este domínio também aparece. O Figueirense finalizou 15 vezes, contra oito do Náutico. Trocou praticamente o dobro de passes — 458 passes certos, contra 264. E a posse de bola chegou a ter momentos em que estava 85% para o Figueirense. No número final, o time treinado — e bem treinado — por Márcio Goiano teve 57% de posse nos 90 minutos.
O Figueirense merece todos os elogios nestas duas partidas. E merece também a liderança da Série B.
Um time que gosta da bola
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O que chama a atenção nestas duas partidas é o jogo coletivo. O Figueirense está organizado, dinâmico com troca de posições e movimentação, e tocador de bola. É um time que gosta da bola, que não se desfaz dela de qualquer jeito. Como disse o técnico depois do jogo, não há porque se desfazer da bola e o Figueirense não vai chegar ao gol de qualquer jeito. Foi assim o jogo inteiro.
Troca de passes e movimentação. Tabelas por dentro e velocidade do lado do campo. O Figueirense de duas rodadas impressiona. Vai ainda enfrentar outros desafios, porque o campeonato é muito longo. Mas a análise nestas duas partidas é extremamente positiva.
Destaques individuais
O atacante Robinho chama atenção com gols, dribles, velocidade e até assistência pra gol. É um achado do Figueirense no futebol paulista. O volante Zé Antônio chama atenção pelo comando do meio de campo, boa marcação, posicionamento, saída de bola qualificada e, principalmente lançamentos e viradas de jogos.
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Na CBN Diário, Robinho levou o “craque do jogo”, mas votei em Zé Antônio para destacar este jogador que já aparece como peça importante no esquema.