O torcedor, dentro de sua razão passional, com toda a contradição que esta expressão carrega, está sempre no limite entre o querer e o não querer, entre o amar e o odiar. Na derrota geralmente está tudo um desastre. Na vitória tudo fica maravilhoso. E vinha percebendo isto na relação do torcedor do Figueirense com o técnico Vinícius Eutrópio, que já estava sendo jogado fora, literalmente. É natural, mas pra nós a análise tem que ser mais profunda e não se pode trabalhar com o pensamento do serve ou não serve e achar que a solução de qualquer problema é a demissão do técnico.
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O que sempre escrevo é que a cobrança tem que existir sempre, e da diretoria no treinador também. Eutrópio vinha pecando em algo que é fundamental pra jogar a Série A, que é a confiança. Percebi que a atitude mudou na partida diante do São Paulo. E é assim que tem que ser. Ele também tem que ter a gana de ganhar o jogo, de bater o imbatível, de crescer na carreira. Tomara que seja assim pelos próximos desafios também. Não existem fantasmas na Série A, existem adversários que precisam ser enfrentados e batidos.
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A liderança de Rafael Moura
O que surpreende no Figueirense neste momento da temporada é como Rafael Moura chegou bem ao clube e ao time. A surpresa não é pelos gols que vem marcando e pela bola que joga, todos sabiam que poderia ser mesmo uma boa contratação. A surpresa é pela forma como ele se identificou e se integrou ao Figueira. Rafael Moura está liderando o grupo em campo e dando exemplo de vontade e compromisso com o clube. Mesmo emprestado e com carreira de grandes passagens e camisas, chegou aqui humilde, querendo desenvolver seu trabalho e até participando com empenho de ações sociais. O resultado se vê em campo com gols. Sem dúvidas, o He-Man é o grande nome do Furacão nesta largada do Brasileiro.
Bruno Rangel
Outro que empolga é Bruno Rangel. O camisa 9 da Chapecoense parece não sentir o tempo passar. Vai ficando mais artilheiro a cada jogo. Mesmo tirado do time algumas vezes pelo técnico Guto Ferreira, coisa difícil de entender, ele volta e deixa os gols dele, como fez em Curitiba na quarta-feira.
Bruno Rangel mira artilharia do Campeonato Brasileiro
BR9 tem mostrado uma frieza ainda maior na frente dos goleiros. Está fazendo gol fácil, parece que a trave fica grande pra ele. Kempes passa longe de ser uma opção ruim para o time, mas com o que Rangel está fazendo vai ser cada vez mais difícil para o treinador deixá-lo no banco. Aliás, não entendo treinador que deixa no banco jogador que resolver partidas pra ele. Deixa o hômi jogar, Guto Ferreira!
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