Quem acompanha o que escrevo sabe que nunca fui favorável à demissão de Claudinei Oliveira. Mas sempre fiz uma ressalva: se o treinador não quisesse mais, era para deixar ir embora. Falei e escrevi isso quando Claudinei Oliveira deu a entender que não tinha mais forças para comandar o grupo após a goleada sofrida de 5 a 0 para o Atlético-PR na penúltima rodada do turno.

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Na época o treinador chegou a entregar o cargo, mas foi convencido pelo grupo de jogadores a ficar. Só que agora o momento é outro. A iniciativa foi a mesma. Segundo revelou o presidente Francisco Battistotti, em entrevista exclusiva para mim, no CBN Diário Esportes, o treinador procurou por ele e disse que estava tranquilo para qualquer decisão do mandatário.

Claudinei já vinha mostrando nas coletivas que estava sem paciência e depois de quarta, e da derrota para o Bahia, deu a entender que não tinha mais energia para conduzir a equipe para o duro desafio das últimas rodadas. Desta vez, a diretoria deveria ter aceitado.

Impressão ruim

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Para quem vê de fora, a impressão é que o Avaí já largou e aceitou o rebaixamento. Foi o teor de mensagens dos ouvintes/torcedores durante a entrevista do presidente. Mas Battistotti negou que o Avaí já tenha desistido. Garantiu que vai lutar enquanto a situação for reversível. O Avaí deveria ter aproveitado a deixa da abertura de Claudinei para trazer alguém e tentar algo diferente. O Brasileirão nas últimas rodadas é diferente, com motivações diferentes – até mesmo a falta de motivação de alguns. O que o Avaí não pode fazer é largar o campeonato antes do campeonato largar o Avaí.

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