Conversei com o agente de França, Marcelo Lipatin. Ele estava bastante resignado com o ¿fim¿ do caso jogador no Figueirense. Fez questão de enaltecer e agradecer a postura do clube, como as atitudes da diretoria com o jogador. Revelou que o acerto financeiro foi tranquilo e que França deve receber aquilo que trabalhou. Lipatin foi atleta, estava no Grêmio na histórica passagem da Batalha dos Aflitos, e salientou o quanto acredita ainda na recuperação do jogador.

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Figueirense anuncia que o volante França não faz mais parte do clube

– É o melhor atleta que eu tenho –, foi o que me disse, revelando que vai tirar França de Florianópolis e que não vai desistir dele. É uma atitude de um profissional digno. O agente tem que saber ser parceiro nas horas boas e ruins.

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A decisão correta e a responsabilidade de todos

O Figueirense anunciou ontem a rescisão de contrato com o volante França. Era a decisão esperada e mais correta. Na verdade, está atrasada em um ano. Já deveria ter vindo ano passado. Mas aqui quero fazer uma análise que inclui a própria imprensa. O clube, a imprensa e até os torcedores não souberam lidar com a questão. Aliás, em realidade, não estamos preparados pra isto. O Figueira apadrinhou demais e passou a mão na cabeça quando não deveria.

A imprensa se valeu da figura de valentão dele para fazer de França capa de jornal e elevá-lo ao grau de ídolo, quando isto não era realidade. E a própria torcida exaltou o jogador em momentos errados, também transformando o jogador em guerreiro, em representante maior da valentia e da raça alvinegra. França se encheu de razão em muitos momentos, insuflado por tudo isto. Achou que podia tudo, mas deveria ter sido repreendido.