O Avaí chega para o jogo contra o Botafogo numa daquelas encruzilhadas que qualquer caminho apresenta. A partida vai definir qual caminho o clube e o time vão tomar nesta edição de Campeonato Brasileiro. Além dos três pontos de uma partida regular do Brasileirão, também está por um fio a sequência de trabalho do técnico Claudinei Oliveira, que em Agosto pode completar um ano de clube.

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As pressões são muitas. O péssimo início de competição pesa bastante. Mas pesam também algumas escolhas do treinador, como a insistência com a dupla de volantes Luan e Judson, ou com o goleiro Kozlinski. Claudinei precisava e ainda precisa ter um novo olhar e achar novas soluções para o time. Uma vitória segura o treinador, pelo menos momentaneamente. Um empate pode segurar, dependendo do desempenho da equipe e das escolhas de Claudinei. Uma derrota deve provocar a queda do comandante.

Escravo da fidelidade aos jogadores

Entre os treinadores existe uma capacidade que talvez seja o que mais diferencia os profissionais: a condução e a administração de grupo. É o chamado “vestiário”. Existem sempre alguns mandamentos para “não perder o grupo”.

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Acontece que antes dos melindres é preciso ter comando. A decisão final é sempre do treinador. E ele precisa decidir. Jogador sempre vai testando o treinador e sua capacidade de comandar e decidir. Se o comandante deixar, o grupo passa a comandar. Claudinei Oliveira costuma respeitar hierarquias de grupo. É a famosa “fila”. Geralmente quem chega depois vai pro final da “fila” com ele. Independentemente da qualidade.

Só que isso tem limite. Quando o treinador é muito fiel às hierarquias e a um grupo de jogadores que veio junto com ele, ele perde o poder de comando, e passa a ser escravo dessa fidelidade. Em algumas situações no Avaí, Claudinei está assim. Já deveria ter experimentado novas opções de time com os jogadores que chegaram.

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