O jogo é mais um muito complicado. O Atlético-MG é muito favorito. Mas não acho que seja impossível, como não achava que era impossível encarar o Palmeiras. O Galo é ofensivo e envolvente, mas tem problemas defensivos. O Figueirense precisa copiar a consistência defensiva aplicada no jogo do último domingo, principalmente o primeiro tempo. Marcação forte, sem dar espaços, e sair para o ataque só na boa, mesmo que as chances sejam poucas. No contra-ataque, e na bola parada, dá pra vencer o jogo. Mas é mais uma luta. Este é o típico jogo que não está na conta, mas se fizer os três pontos, tudo muda, com uma perspectiva renovada para as seis partidas finais. Quem sabe, né? O Galo está por um fio de sair definitivamente fora da briga do título Brasileiro pra se dedicar somente à Copa do Brasil. O Figueirense pode dar este empurrão.

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Ortega, capítulo final

O técnico Marquinhos Santos deu fim à passagem, nada marcante, do colombiano Ortega pelo Figueirense. Acredito que, de uma forma geral, o Figueirense não soube administrar e conduzir o jogador que contratou. Ortega é um armador, com características de um camisa 8, tocador de bola. É o típico jogador que, ou você coloca pra jogar com convicção e dá uma sequência a ele, ou você não vai conseguir aproveitar o jogador que tem e as características dele. É um jogador que muda o jeito do time jogar. Via em Ortega traços de Maicon, hoje no Grêmio, que também teve que fazer uma adaptação de posição no Figueirense – chegou com um 10, um meia-atacante, e passou a ser um 8, um organizador, como joga até hoje no tricolor gaúcho. Quando fez a mudança, se destacou e o time passou a ser comandando por ele, e até dependente dele. Ortega é este tipo de jogador. Acontece que nenhum dos treinadores, dos que passaram nesta temporada, quis ter este trabalho, ou teve tempo de realizar isto. Era preciso mudar o perfil do time e dar ao meio de campo um organizador. O Figueirense sempre quis força e velocidade e nunca aprendeu a jogar bola, com bola no pé. Agora Ortega vai embora – a grande contratação da temporada, que ganhou a camisa 10 e que nunca foi realmente aproveitado.

Missão: secar os adversários

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Para o torcedor do Avaí vale uma secadinha no Bahia e outra no Vasco da Gama. Principalmente no Bahia diante do Oeste. O time de Guto Ferreira não vai bem quando o jogo é fora de casa, apesar de ter uma excelente campanha em casa. Como visitante, o Bahia estaria no Z4 da Série B, com apenas 11 pontos somados. Como mandante tem a melhor campanha junto com o Avaí, com 38. Vale então ¿metê os bago do zóio em cima do tricolô baiano¿. Já no caso do Vasco é uma questão de ambição e até vaidade. Ambição, se o Avaí estiver planejando voos mais altos nestas rodadas finais. E vaidade, porque o Leão, agora que alcançou o chamado bicho-papão da Série B, não vai querer deixar mais escapar. E ainda tem o confronto direto na quarta. Jogo em que pode ultrapassar o poderoso Vasco. Portanto, enquanto o Avaí, sensação do returno da Série B, não volta a campo, vale a diversão da secação no final de semana.