Depois das reclamações procedentes do último domingo – os erros do árbitro Igor Junio Benevenuto que deram ao Palmeiras a vitória e mataram qualquer possibilidade do Figueirense –, é preciso fazer algumas colocações importantes. Primeiro, deixar claro que o Palmeiras não está na liderança sem méritos. Nenhum time lidera 22 rodadas de campeonato sem que exista muito mérito nisto.

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Segundo, também é verdade que o Figueirense não está na zona de rebaixamento porque Benevenuto colocou lá. Venho escrevendo sobre os equívocos da temporada alvinegra, com um planejamento atravessado e remendado. Em nenhum momento o Figueira conseguiu andar nos trilhos. A salvação só virá com alguns milagres em campo e vitórias surpreendentes.

Terceiro, é preciso cobrar dos dirigentes muito mais do que o discurso inflamado depois das partidas. Paulo Nobre fez, Bandeira de Melo fez, Wilfredo fez e Nepomuceno também. Mas ninguém faz absolutamente nada de mais profundo e contundente quando a discussão é arbitragem. Então, é importante ressaltar que o Figueirense foi prejudicado domingo. Mas ao mesmo tempo é preciso saber separar as coisas.

Pressões e acordos

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No turno, nem Dodô e nem Rafael Moura jogaram contra o Atlético-MG. Coincidentemente, neste returno nenhum dos dois vai jogar novamente contra o Galo. Acontece que os dois são emprestados do clube de Belo Horizonte para o Figueirense, e o Atlético também paga boa parte dos salários dos dois. Então, é outra questão em que há um conflito.

O Figueira reclamou, com razão, da alegada pressão – denunciada por Branco –, feita pelo Palmeiras para que Renato não entrasse em campo no último domingo. É algo que a CBF já determinou não ocorrer mais. Emprestou, está emprestado e não pode ser vetado. Mas, nos bastidores, existem os tais acordos entre os clubes. Então, é difícil dar razão total a alguém. Costumo dizer uma frase que define questões como esta – ¿no final das contas, eles se entendem¿.