O que trago aqui são detalhes do que está surgindo no Figueirense e vai ser apresentado nesta segunda na reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. Sábado à noite, depois de todo o dia de turbulência, com protestos, tentativa e invasão do Scarpelli, derrota em campo e demissões de Carlito Arini e Marcelo Cabo, recebi um retorno das ligações feitas durante a semana para o desembargador João Henrique Blasi, conforme havia escrito aqui na coluna do final de semana.
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O conselheiro Blasi, que está à frente do processo, não abriu o que é a proposta, mas esclareceu alguns pontos importantes que passo a relatar.
De onde surgiram os investidores
O Figueirense foi procurado por um advogado, Cláudio César Vernalha, de Curitiba, representante de um grupo de empresários que estão interessados em iniciar conversas para fazer parte do projeto de clube-empresa, desenvolvido internamente pelo Figueirense, nos últimos dois anos. Segundo Blasi, o interesse veio justamente pelo Figueirense já ter feito este trabalho e estar pronto para ser transformado num clube empresa. Ao mesmo tempo, seria o primeiro projeto nestes moldes no Brasil, de um clube de expressão, com história e torcida.
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Os outros projetos foram de clubes que não têm nem história, nem torcida – como é o Red Bull Brasil, em São Paulo.
Quem são os investidores
Primeiro é preciso deixar claro que não há um mágico, cheio de dinheiro, que vai chegar pra resolver os problemas do Figueirense. Como escrevi acima, são empresários, no plural mesmo. Mas aí está um ponto em que o desembargador não abriu a informação. Só disse que há empresários do Brasil e de fora do país neste grupo representado pelo advogado Claudio Vernalha. A ideia é criar um fundo e a partir dele administrar de o clube profissionalmente, com executivo, inclusive.
Pra quando
Pra já! Perguntei ao desembargador Blasi muito claramente se este projeto exigiria um prazo maior para instalação. Ele afirmou que não. Que seria apenas passar pelo Conselho para iniciar o funcionamento, pois o trabalho de base pra que isto pudesse ocorrer já foi feito nestes dois anos. Blasi disse “é pra implantação imediata, até porque o clube precisa economicamente e esportivamente”.
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O que já foi feito
Duas reuniões já foram realizadas, com as presenças do presidente do clube, Wilfredo Brillinger, o presidente do Conselho Deliberativo, Nicolau Haviaras, o conselheiro João Henrique Blasi, que preside a comissão dentro do CD para criação do clube-empresa, e os representantes dos empresários que querem entram no clube. Uma delas, como havia relatado na coluna do final de semana, foi realizada na última quarta-feira.
Como ficaria a estrutura administrativa
O atual presidente do clube, Wilfredo Brillinger, seguiria como presidente e poderia compor – deve compor – o conselho de gestão da Associação que vai ser criada (o clube-empresa). Esta Associação teria também um presidente (diferente do presidente do clube) e passaria ela a administrar o Figueirense, com poder de decisão no futebol e em assuntos estruturais, como estádio – por exemplo.