A derrota em casa para o Bahia escancara ainda mais a dificuldade que o Avaí vai ter para permanecer na Série A. Mesmo com muita superação e em mais uma boa atuação da equipe, o resultado não veio. O Bahia venceu porque tem mais consistência e mais qualidade do que o Avaí. Soube jogar mesmo quando estava com desvantagem no placar. O Avaí jogou até as saídas de Maicon e Marquinhos, que fizeram muito bem o que tinham como missão fazer. Foram os grandes comandantes do time em campo até o técnico Claudinei Oliveira resolver, equivocadamente, que não dava mais pra eles.

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Roteiro complicado

No primeiro tempo o time merecia ter feito mais de um gol, e não merecia tomar. O Avaí foi dono das ações. O segundo tempo voltou diferente, com o Bahia melhor, mas isso durou apenas 10 minutos. Depois disso, comandado pela dupla, o Avaí pressionou muito forte até os 30 minutos, até a saída de Maicon e Marquinhos. O que veio logo após foi o gol do Bahia. Era a virada e o impacto foi sentido por todos, entre jogadores em campo e torcedores na arquibancada. E o Avaí não tinha mais quem pudesse comandar e dar qualidade. Era um time só de operários tentando fazer algo que não sabia fazer. O Avaí não teve mais qualidade e nem forças para buscar o resultado.

Explicações

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Claudinei Oliveira pode dizer o que disser, mas é difícil que vá convencer alguém do motivo pelo qual não utilizava e não utilizou Maicon praticamente durante toda a Série A. A atuação do lateral, ex-seleção brasileira, na noite desta quarta foi tudo aquilo que qualquer um poderia esperar dele quando foi contratado. Claudinei vai ter que explicar por que não usava o jogador. Outra explicação devida é a saída de Marquinhos mais uma vez quando jogava bem. O técnico adversário, Paulo César Carpegiani, resumiu a questão ao dizer que quando Marquinhos saiu ele respirou. “Aliviou”, foi o que disse Carpegiani. E foi exatamente assim. Quando saíram Maicon e Marquinhos, o Bahia não tinha mais com quem ou o que se preocupar.

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