Não há como comparar, mas não há como não relacionar. Brasil e Alemanha se enfrentam pelo ouro olímpico. São outros jogadores, outra competição, outro contexto, mas é um Brasil e Alemanha e vale bastante. Só que passa longe de ser uma revanche do que acontece no Mineirão em 2014.

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Aquilo lá está feito, entrou pra história e não há o que mude ou apague. O que vai acontecer no sábado também vai ser histórico. O que a Seleção pode fazer é reafirmar ao mundo do futebol a sua força e trazer de volta um pouco do respeito perdido há algum tempo.

Ajustes foram fundamentais

Luan e Walace entraram no time e foram as mudanças mais visíveis no caminho da Seleção de Rogério Micale. Mas o time mudou mais do que as mexidas sugerem de forma simplificada. Primeiro o jogo está mais coletivo. De uma forma geral, a Seleção passou a atuar, a partir do terceiro jogo, mais próxima e com trocas de passes e posições, envolvendo as defesas adversárias. O meio de campo ficou mais forte, com Walace e a boa saída de bola dele e de Renato Augusto, que é a grande liderança dessa Seleção.

Um pouco mais a frente dois jogadores passaram a ser meias. Neymar e Luan são atacantes de origem, mas vem jogando como meias e articulando toda a movimentação ofensiva do time. O futebol da vitória sobre Honduras foi o velho futebol brasileiro, com talento e desenvoltura. Agora é esperar e torcer pra que o time repita o desempenho na grande decisão, no sábado.

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Fora de contexto

O Jogo entre Avaí a Bahia ficou totalmente fora de contexto, mesmo mudando o horário para às 19h30min de sábado. Os dois times deveriam entrar em um acordo e pedir adiamento, como já foi feito alguns jogos de equipes do Rio na Série A.

As atenções vão estar totalmente voltadas para a decisão do ouro olímpico entre Brasil e Alemanha. Aliás, o Avaí corre o risco de ter esvaziado um jogo especial, que tem a volta do ídolo Marquinhos.

Nó tático

Ninguém fez qualquer time de menção ao fato de que na semifinal feminina a técnica da Seleção sueca dobrou um técnico experiente do futebol brasileiro. A treinadora Pia Sundhage amarrou a Seleção comandada por Vadão, que não teve resposta para a retranca feita durante 120 minutos.

Mais do que nunca foi a representação da decadência dos profissionais técnicos do futebol no Brasil. A Seleção feminina foi comandada por um técnico do futebol masculino – afinal, achamos que o futebol é dos homens e eles sabem tudo. E veio uma mulher boa de bola pra dobrar Vadão e eliminar a Seleção feminina, mesmo sendo favorita.

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