Avaí e Figueirense não vivem somente a realidade da gangorra técnica e de resultados, sempre comum na Capital. Pelas informações que vêm dos dois clubes, a gangorra é financeira também. Enquanto o Avaí surpreendeu e anunciou com toda a pompa o pagamento do 14º salário aos seus funcionários, o que vem do Scarpelli, e não é negado pela diretoria, é que desde o final do ano passado o clube tem dificuldades para pagar direitos de imagens para alguns atletas. As novas realidades esportivas impactam o orçamento.

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Reflexos positivos na Ressacada

No caso do Avaí é preciso ressaltar que houve um recuperação financeira que vai além do acesso e das cotas maiores da Série A. As negociações de atletas, como Raphinha, ainda e 2016, e Gabriel, agora em 2017, ajudam a recompor o caixa. O Avaí dá um presente merecido aos seus funcionários, que aguentaram firme os atrasos, mostra trabalho com gestão de recuperação, e manda um recado importante ao mercado, ganhando em credibilidade.

Perspectiva ruim no Scarpelli

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Mesmo com um 2016 de boa receita, com cota maior de televisão, em torno de R$ 28 milhões, recebimento de R$ 12 milhões de Luvas com o novo contrato de TV fechada, com a negociação histórica – em termos de valor – do atacante Clayton, R$ 13,5 milhões, contratos em dia com os patrocinadores, como a caixa, em torno de R$ 4 milhões, o Figueirense terminou o ano com dificuldades financeiras e começa 2017 assim também.

No papel, não há justificativa. A receita do ano passado foi histórica e o exercício deste ano ainda está no início. É algo para se verificar. Algo está ou esteve errado. É claro que o orçamento deste ano é bem mais enxuto, mas é muito cedo para dificuldades e atrasos.

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