Com pouco futebol, o Avaí foi incapaz de fazer um gol no fraco Operário. Pior que isto, o Leão conseguiu tomar um gol de cobrança de tiro de meta, numa desatenção total. Em dois toques o atacante adversário estava na cara do goleiro Renan. O time correu, tentou de algumas formas, principalmente no segundo tempo, teve chances, mas, definitivamente, falta qualidade. O time atual mexe com a paciência do torcedor, levando ao limite da tolerância. A derrota por 1 x 0 na Arena do Pantanal não é resultado definitivo para determinar classificação ou eliminação. Na verdade, o Avaí tem boas chances no jogo de volta. O que realmente deixa o torcedor sem esperanças é o próprio Avaí e a falta de desempenho da equipe em campo. Foi muito ruim, mais uma vez.

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Silas, o estadista avaiano

Quem ouviu a entrevista do técnico Silas, na segunda-feira, depois do jogo contra o Guarani e do alívio de garantir a permanência na elite catarinense, percebeu alguém que vai além do técnico do time. Isto pode ser complicado, mas pode ser positivo também. No caso do Avaí, carente de um carinho e de alguém que cuide com zelo do time e do clube, é algo positivo. Silas tem história na Ressacada e é muito querido pelo torcedor. Ninguém mais adequado pra assumir esta condição. Silas falou, na coletiva, do jogo, do time, dos jogadores, das contratações, dos erros, do novo presidente, e do clube. E mandou uma mensagem positiva para o torcedor. Ao mesmo tempo, de uma forma sutil, mandou seu recado de cobrança para alguns jogadores. Ontem escrevi aqui que vejo Silas assumindo uma condição que é pra ser de Gonçalves, na dianteira das diretrizes sobre a reforma da equipe para a Série B. Não vejo problema, desde que Silas não fique sobrecarregado. O importante é que o Avaí está em boas mãos com Silas – alguém que gosta muito do clube.

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