O Avaí é o líder isolado do turno da Catarinense em todos os aspectos. É o time mais organizado, o que tem jogado bem e o que tem conseguido resolver as partidas e fazer os resultados. São quatro rodadas e quatro vitórias, mas são também quatro atuações consistentes. Vi os quatro jogos do Avaí, mas dois jogos vi no estádio, com a visão do campo largo: contra o Metropolitano e contra o Tubarão. E o que vi me impressionou. Não pelo toque de bola ou algum virtuosismo, mas pelo padrão, pela obediência tática, pela consistência e objetividade da equipe.

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A sequência do trabalho de Claudinei Oliveira e a permanência dos jogadores em maioria são os fatores que diferenciam o Avaí dos demais, e projetam o time com esta distância que a tabela mostra. Já escrevi alguns textos para ressaltar isto, mas é preciso salientar ainda mais, pois o futebol se faz assim. Com sequência de trabalho, jogo coletivo e organizado, identidade e identificação com o clube e a torcida, e bom equilíbrio entre características de jogadores.

O final de semana

A Chapecoense não pode tropeçar mais uma vez. Tem o Brusque fora de casa, neste sábado, e precisa vencer para seguir tentando buscar o Avaí. Só que o time de Vágner Mancini não está jogando bem. Já Figueirense e Criciúma fazem um jogo em que só a vitória interessa para os dois. O empate vai ser péssimo para o Tigre e não serve para o Furacão.

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O JEC, que venceu a primeira no meio de semana, tem o líder pela frente para tentar ganhar moral. Mas o Avaí quer manter os 100% no campeonato e tem totais condições pra isto. A rodada é uma espécie de última chance pra todos os concorrentes. Chance de ainda abrir a disputa no turno. Porque se o Avaí seguir ganhando e os outros tropeçando, o primeiro finalista do campeonato vai estar praticamente definido da quinta pra sexta rodada.

Jogada temerária

A manutenção da partida do Avaí contra a Desportiva, na Copa do Brasil, para o Espírito Santo, na próxima quarta-feira, é, no mínimo, uma falta de bom senso. Não há nenhuma segurança no estado para a população. Não há cabimento fazer jogo de futebol por lá. Nestas horas que a Federação Catarinense de Futebol tinha que aproveitar a tal ¿reaproximação¿ com a CBF para defender os interesses do seu filiado, o Avaí. O Leão tem todos os argumentos para não querer jogar lá. Faltou bom senso da CBF, da Federação e do Estado do Espírito Santo, e faltou uma ação da FCF para interferir nesta questão.

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