O Avaí do seu jeito, correndo e lutando muito, com uma aplicação tática impressionante, fez uma vitória importantíssima na Ressacada. Escrevi que era jogo igual ao que foi contra o Corinthians, mas que era preciso vencer o Cruzeiro. Uma missão diferente. Foi o que o Leão fez. Aplicou a mesma estratégia e foi eficiente. Aliás, eficiência foi mesmo a palavra para definir o Avaí em campo. Na única finalização do primeiro tempo fez o gol com o atacante Júnior Dutra.
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Os números mostram como o Avaí foi quase perfeito. Mesmo com apenas 32% de posse de bola, e tendo finalizado cinco vezes, e só duas que foram no gol do goleiro Fábio, o time venceu. O Cruzeiro chutou 15 vezes, mas a maioria não acertou o gol. Foram nove no gol de Douglas. Tudo em função do bloqueio que era feito à frente da defesa.
O Avaí vence, se firma no novo momento, a nova e boa fase, manda um recado pro campeonato e dá mais esperanças ao torcedor avaiano de que a permanência é possível. Além disso, o time sai muito confiante dos jogos contra o Corinthians e o Cruzeiro. É um novo Avaí, mais organizado, estruturado e confiante.
Alemão, exemplo da raça avaiana
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Ele foi gigante em campo e vai fazendo uma Série A excelente, superando todas as dificuldades de um jogador que tem lá suas limitações, mas que se entrega em campo e perde poucas divididas. Alemão tem espantado os atacantes, que desistem dele. Aconteceu com Kléber Gladiador, que desistiu de tentar as jogadas em cima dele há uma semana; aconteceu com Jô, que também procurou o lado de Betão; e ontem aconteceu com Sassá.
É natural que qualquer jogador venha à Ressacada e tente as jogadas em cima de Alemão e não de Betão, que é mais conhecido. Mas tem sido natural os atacantes fugindo de Alemão. Ele foi ovacionado durante e depois do jogo contra o Cruzeiro. É o símbolo desta raça avaiana e tem sido um gigante na defesa durante esta Série A.
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