Ainda é tempo de perder maisNão há fórmula certa para fazer o futebol brasileiro voltar a crescer e a vencer. Cada um tem sua opinião e nestes momentos de derrota da Seleção Brasileira a tendência é todo mundo jogar tudo no lixo. Mas a realidade é que quase todos concordam que o quadro atual ainda é de destruição e não de construção.
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Escrevi quando Dunga foi contratado que a resposta ao 7 a 1 da Copa do Mundo estava errada. Trocar o técnico não era o caminho, por mais que necessário fosse, como é agora. Mas o caminho indica há algum tempo a necessidade de uma mudança mais profunda, que passa pela estrutura do futebol brasileiro. É uma grande hipocrisia que a CBF, com Marco Polo Del Nero, venha agora ¿resolver o problema¿ entregando a cabeça do vilão, que se tornou o técnico Dunga.
O futebol brasileiro precisa de novas cabeças, novas atitudes, de gente que queira desenvolver o esporte e não somente se servir dele ou usar o futebol. Ainda é tempo de perder mais dentro de campo, pois fora dele as derrotas seguem sendo construídas.
O mérito precisa vencer
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Dunga tem que sair também pelo simples motivo que já não indicava sua chegada à Seleção. Dunga não é treinador de futebol e não tinha carreira de técnico com vitórias que o credenciassem a ser o escolhido. A Seleção Brasileira tem que ser o lugar do mérito. Quem está jogando muito merece ser convocado. O técnico que tenha o reconhecimento de todos de um bom trabalho merece chegar à Seleção. O técnico da vez, quando Dunga foi colocado lá por ser amigo de Gilmar Rinaldi, era Tite.
Aliás, nem Gilmar tinha feito algo para ser elevado ao posto de diretor de seleções. Gilmar tinha longa carreira recente como empresário de atletas. Os dois foram ótimos jogadores e foram também campeões mundiais em 1994, conhecem a Seleção Brasileira, mas são coisas totalmente diferentes. Dunga tem que sair. Gilmar também.
Menininhos de internet
Escrevi um longo texto em que chamava os atletas da geração atual de jogadores de menininhos de internet. Com raros casos em que há um pouco mais de respeito e personalidade, a grande maioria é de garotos com cabeças fracas, que só querem viver o estrelato de estar ou ser da Seleção. A postagem de Neymar numa rede social comprova isto.
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A grande referência da Seleção atual não está nem aí para as derrotas, para as humilhações e acha que as críticas que estão sendo feitas são bobagens de um monte de babacas. Neymar deve achar que a Seleção começou com ele. Só que ele não é ninguém na história desta camisa amarela. Nunca ganhou nada expressivo, nunca conseguiu liderar o time a nada. Vive como um mimado e irritado dentro de campo, que sequer saber lidar com uma marcação mais forte. Estamos muito mal de referência na geração atual, que tem talento, mas não tem personalidade alguma.