2017 começa neste final de semana. Pra mim, com o retorno das férias e a volta da coluna, e para os clubes, porque, afinal, o Catarinense é o maior objetivo de todos neste primeiro semestre do ano. E 2017 é o ano em que tudo pode acontecer no estadual. É a temporada em que está mais difícil fazer prognóstico sobre candidatos ao título. O primeiro fator é que o natural grande favorito, a Chapecoense, vive um processo de total reformulação. Essa reconstrução tirou da Chape o peso de conquistar o bicampeonato. Só que o Avaí, também da Série A, e, por isso, em tese, com maior poder de investimento, vive um processo de administração e reposição de algumas perdas consideráveis, como Renan, Fábio Sanches e Renato. Já o Figueirense e Joinville fizeram reformulações profundas com o cenário de queda de divisão ao final do ano passado. Quem mais manteve a base foi o Criciúma, que pode surpreender neste início de competição. Mas escrevo tudo isto para reafirmar que o Catarinense 2017 está muito em aberto. Dos cinco grandes vai sair o campeão. Mas a pergunta é: quem vai dar o passo adiante nesta briga? Só a sequência de jogos, atuações e resultados que vai mostrar.
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Pequena contradição
Ao mesmo tempo, faço questão de transitar por uma análise que leva a uma contradição. Porque avalio que a Chapecoense, em potencial, mesmo com a tragédia e a reconstrução, tem a maior capacidade neste cenário atual. A Chape contratou bons jogadores, que formam não só um time, mas um grupo. Há qualidade de grupo na nova Chapecoense e isto costuma pesar numa disputa mais longa e mais acirrada. O que falta é acertar o time em campo, o que leva sempre algum tempo e jogos. Mas se a Chape acertar o time, com a qualidade dos jogadores que contratou, volta a ser candidatíssima no estadual. Por isso não vejo problemas em entrar nessa contradição.
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