O torcedor do Avaí respirou aliviado com a vitória sobre o Botafogo. Merecia este alívio e esta alegria. Mas, como ressaltei ontem aqui, foi uma grande vitória, que é diferente de uma grande atuação. Os problemas do time não acabaram com um jogo e com uma vitória. O Avaí foi 100% na luta pelo resultado e este foi o grande mérito. Mas o herói do jogo foi o goleiro Douglas, o que dá uma amostra clara de que nem tudo foi bem. O Botafogo finalizou 29 vezes. Ou seja, encontrou espaços na defesa avaiana.
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Neste momento, tudo isto fica em segundo plano mesmo porque era importante vencer. Mas, como sempre escrevo, é preciso entender porque aconteceu. Aconteceu porque Joel e Douglas brilharam, e porque o time correu muito pela vitória. Foi um time solidário. Porque o gol a cinco minutos de jogo tirou o Botafogo da zona de conforto dele. É um time que não gosta de comandar o jogo, de ter posse de bola. O Bota vence partida com 40% de posse e jogando no contra-ataque. Contra o Avaí, o time teve 67% de posse e, naturalmente, não sabia o que fazer. Para o Leão foi tudo ótimo, mas ainda é preciso evoluir.
Time ainda precisa ajustes
Com a vitória no Nilton Santos veio uma ideia que o time está pronto, que não precisa mais mexer e que quem jogou é a solução e quem estava fora não entra mais. Não é por aí. O Avaí teve um time circunstancial. Um time que resolveu os problemas do momento. Ainda é preciso discutir todos os setores. Na defesa, qual o melhor companheiro de Betão? Ainda acho que encaixa melhor com Alemão, que é mais rápido, apesar de ver em Airton um ótimo zagueiro, principalmente bola aérea.
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No meio, a eterna discussão sobre a dupla de volantes Luan e Judson. O Avaí ganhou alternativas, com Pedro Castro, Simião e o próprio Juan. No ataque, qual o melhor parceiro para Joel? O Avaí ainda não está pronto nem resolvido por causa da Vitória. A entrada de Douglas no gol é o grande exemplo de que o técnico Claudinei Oliveira deve olhar pra novas opções no grupo.