Que ano complicado para o futebol catarinense nas séries A e B! Olhando para o que já foi e para o que pode vir, as perspectivas não são boas. Na Série B, Avaí e Joinville desenham uma luta que é somente para permanência na Segundona, enquanto que o Criciúma, que fazia o torcedor sonhar, perdeu força no último mês e está ficando cada vez mais distante dos líderes.
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Na Série A, o Figueirense vive aquele momento de incertezas, com um entra e sai da zona de rebaixamento. Sem resultados, promoveu a mudança no comando e coloca as esperanças na capacidade de Argel Fucks de mobilizar o grupo para a reação. Já a Chapecoense está numa zona perigosa, depois de um bom início de competição. Pode ser uma visão pessimista, mas acredito que seja realista. E já estou começando a imaginar que pode ser lucro se tudo ficar como está, com quem está na A garantindo, com todas as forças, a permanência na elite. E quem está na B se contentando em não subir e estruturar para voltar mais forte em 2017.
Os erros de passe
O passe é o fundamento mais básico do futebol, mas para um time ser ¿passador¿ ou ¿tocador¿ de bola não é tão simples assim. Primeiro de tudo é preciso querer ter a bola. É que o futebol brasileiro das últimas décadas se acostumou com equipes que não gostam de ter a posse de bola. É o famoso jogar no erro do adversário. Você faz a marcação no seu campo, tenta roubar a bola, provocar o erro, e sai em velocidade nos contra-ataques. Então é preciso reverter esta lógica. Depois disso, de querer ter a bola, é preciso aproximar as linhas e os jogadores. Se um estiver próximo ao outro, o que sai é um passe.
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Se os jogadores estiverem distantes, o que vai sair é uma tentativa de lançamento ou um chutão. A terceira questão é a movimentação. Quem passa precisa se deslocar para dar a opção a quem está com a bola. Volto a escrever, são questões básicas, mas que não são simples. Exigem treinamento e repetição. Exigem cobrança e insistência. É o trabalho que Argel Fucks vai ter que executar no Figueirense se quiser mudar a forma do time jogar.
Ganhando jogadores
O Avaí perdeu Lucas Fernandes, que foi embora para o Atlético-PR. Só que na caminhada da Série B vem ganhando jogadores com o passar da campanha. Nas últimas seis rodadas – tempo em que o Avaí está invicto –, o técnico Silas tem tido sucesso em ter de volta algumas boas opções. A primeira delas foi Diego Jardel. O meia estava largado e afastado do grupo, num erro do próprio treinador. Erro corrigido e Jardel tem sido útil ao time.
Depois teve a volta de Romulo, que, em forma, fez gols importantes e mostrou que tem qualidade.Por último, Silas conseguiu fazer Lucas Coelho desempenhar algo com a camisa do Avaí. A atuação do atacante contra o Oeste foi a primeira boa nesta Série B. Agora Silas tem duas missões: recuperar William, que está mal na campanha avaiana, e ganhar o ídolo Marquinhos para o time. São dois jogadores fundamentais. A missão não é tão simples assim.
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