As propostas de reajuste da tarifa de água em Joinville ficaram menos distantes após uma nova rodada de negociações terça-feira entre a Companhia Águas de Joinville e a Agência Municipal de Regulação dos Serviços de Água e Esgoto (Amae).
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A Águas de Joinville não abre mão dos 6% de aumento na tarifa. Já a Amae, que até então defendia o reajuste de apenas 3,5%, saiu da reunião disposta a reconsiderar o percentual. O número não foi revelado terça-feira, mas a tendência é de que ele se aproxime do patamar cobrado pela Águas.
Dois entendimentos levaram a agência reguladora a rever o reajuste que considera mais justo. Um deles diz respeito a uma reserva de caixa para eventuais emergências, medida que é defendida pela Águas e será colocada em prática. Outro ponto de consenso tem relação com a projeção de crescimento da população, que antes era divergente – a estimativa tem impacto nas previsões de receita e nas necessidades de investimentos.
– Foi necessário rever os nossos cálculos. O dinheiro que a Águas de Joinville precisar, ela vai ter. Mas precisamos saber exatamente para onde vai ser destinado cada real – disse Renato Monteiro, diretor-presidente da Amae.
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A proposta formal de reajuste da Amae será apresentada nesta quarta, às 17 horas, em audiência pública na Câmara de Vereadores de Joinville.
Decisão será conhecida na sexta-feira
Os indicadores expostos servirão de base para a proposta de revisão tarifária que será encaminhada ao Conselho Municipal de Água e Esgoto. É o conselho quem decide, por votação, o percentual de reajuste aplicado.
Essa decisão será conhecida na sexta-feira. Depois, o novo valor da tarifa passará pela homologação do prefeito Udo Döhler (PMDB) para entrar em vigor.
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A expectativa é de que a nova tarifa esteja incluída nas contas do mês de julho. Trata-se da revisão tarifária que ocorre a cada quatro anos, com base no plano de investimentos projetados para o quadriênio, e que não anula os reajustes anuais. Se valer o aumento de 6%, por exemplo, a tarifa mínima residencial será de R$ 27,35.
Entre os investimentos previstos no orçamento para o período estão R$ 88,7 milhões em obras para água, R$ 267,2 milhões em obras para a rede de esgoto, além de R$ 26 milhões na elaboração de projetos, R$ 12,2 milhões em estoques e R$ 7,6 milhões na compra de maquinário.