Um robô de apenas 25 centímetros de diâmetro atraiu a atenção de curiosos e dos mais atentos ao mundo da tecnologia no 1º Sicgrapi (Simpósio Catarinense de Computação Gráfica, Padrões e Imagens) da Udesc, em Joinville. O equipamento, que possui duas rodinhas, uma antena wi-fi, webcam e uma bateria, anda e explora o espaço sem ajuda de controles.
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A ideia ainda está no início. Mas os pesquisadores possuem grandes planos para este pequeno explorador. O robô foi desenvolvido pelo aluno do mestrado de Ciências Aplicadas, Eduardo Viecili, de apenas 23 anos. Ele começou o curso este ano e em um mês desenvolveu o KBO (leia-se Cable). O nome é uma alusão ao personagem da Marvel Comics, Cable, filho de Ciclope – que possui um olho só, assim como o robô. Com este “olho”, que funciona como um sensor, KBO pode explorar locais desconhecidos , a procura de um alvo.
Ele reconhece códigos de barra bidimensionais – aqueles que alguns programas de celulares também conseguem ler – e envia as informações para um computador. Nestes códigos, explica o coordenador do mestrado, o professor Marcelo Hounsell, podem existir dezenas de informações. A ideia, no futuro, é que KBO possa explorar o Porto de São Francisco do Sul a procura de alvos.
– Cada container poderia ter um código com as informação sobre carga, país proveniente. O robô poderia arquivar as informações – observou.
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O robô ainda identifica a localização destes códigos de barras, quase como um GPS. O objetivo, por enquanto, é didático. A técnica será levada para salas de aulas e permitirá que os alunos do curso de Ciências de Computação da Udesc criem seus próprios robôs.
– Ele foi construído de uma forma barata. Gastamos com equipamentos cerca de R$ 150. Se fosse um robô profissional, poderia custar até R$ 2 mil – comentou o professor.
VÍDEO: veja mais imagens de como funciona o KBO: