A paciência do técnico Muricy Ramalho com a diretoria do Santos está próxima do limite. O treinador está irritado com a lentidão do clube para se reforçar e sobretudo com o fato de o Peixe não ter conseguido contratar alguns jogadores que ele pediu. A perda de Diego Souza, que fechou com o Cruzeiro na última sexta-feira, foi a gota d?água. O meia negociava com o Alvinegro até quinta-feira, quando fez algumas exigências não atendidas e optou pela Raposa.

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O mesmo já havia acontecido com Renato Augusto, do Bayer (ALE), outro indicado por Muricy.

Ao ver os insucessos se acumularem e as opções irem diminuindo, o comandante santista desabafou após o empate com o Corinthians, no último sábado, no Pacaembu.

– Precisa de contratações, né? Estamos fazendo muitas reuniões, só ficamos em reuniões. O ano está acabando, vamos entrar em férias e não chega ninguém, é preciso apressar as coisas – comentou.

Revoltado com a situação, o treinador se apegou a expressão de São Tomé, personagem bíblico que dizia: “Preciso ver para crer.”

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– Sou como São Tomé. Me contaram uma historia legal, mas fica só nisso. Estou cansado de história. Quando vier e assinar, parabéns! Eu estou cansado dessa situação.

Embora publicamente a diretoria santista coloque panos quentes na situação, os membros do Comitê de Gestão do clube não estão satisfeitos com a lavagem de roupa suja via imprensa. Mesmo sendo contestado por esses e outros motivos, Muricy não corre riscos, já que a cúpula alvinegra considera ele o melhor nome disponível no mercado.

A tendência é que as contratações que o técnico tanto pede comecem a acontecer nessa semana. Renê Júnior, volante da Ponte Preta, está próximo, e seguem as negociações com Eron, lateral do Atlético-GO, e Montillo, meia do Cruzeiro.