O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal na noite deste domingo (23) e está sendo levado para a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu nova ordem de prisão contra Roberto Jefferson neste domingo (23) e ameaça incriminar ministro da Justiça.
Além da ordem de prisão anterior, expedida pela manhã, Moraes determinou que a PF prenda Jefferson por tentativa de homicídio.
Ele reagiu quando os agentes federais chegaram à sua casa na manhã deste domingo (23) em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. Em nota, a PF informou que dois policiais foram feridos por estilhaços de uma granada. Eles receberam atendimento médico e foram liberados.
Continua depois da publicidade
A pena de tentativa de homicídio equivale à do crime consumado, que varia de 6 a 20 anos.
A decisão
Na decisão em que ordenou a prisão preventiva de Jefferson, Moraes afirmou que o ex-deputado descumpriu as medidas impostas pelo STF.
Além de transformar a prisão domiciliar com tornozeleira em preventiva, o ministro determinou a realização de busca e apreensão na residência de Jefferson. Jefferson costuma se exibir nas redes sociais portando armas, inclusive de uso restrito.
Os bastidores do áudio em que Hang pediu para “atrasar salários dos diabos dos professores”
O ex-deputado foi preso em agosto de 2021 em operação da PF autorizada por Moraes no âmbito da investigação que apura suposta organização criminosa atuando nas redes sociais para atacar a democracia.
Em junho, o STF decidiu, por nove votos a dois, tornar o ex-deputado réu sob acusação de calúnia, incitação ao crime de dano contra patrimônio público e homofobia.
Continua depois da publicidade
Saiba quem é Roberto Jefferson, preso após atirar em policiais federais
Os ministros decidiram abrir a ação contra o ex-deputado a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), devido a uma série de entrevistas nas quais Jefferson atacou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os senadores da CPI da Covid, o Supremo e as pessoas LGBTQIA+.
A corte entendeu que o caso deveria tramitar na Justiça Federal da primeira instância, mas ainda não foi remetido àquele instância.
Carga contrabandeada é apreendida na rodovia SC-155, no Oeste do Estado
No mês passado, em manifestação enviada a Moraes, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, lembrou que a remessa do caso à primeira instância segue pendente.
Dias antes, Moraes havia fixado multa diária de R$ 10 mil em razão de Jefferson “insistir em burlar as medidas cautelares impostas, além de incorrer em condutas que podem configurar o crime do art. 359 do Código Penal (“Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito”)”.
Continua depois da publicidade
A PGR ainda não se manifestou acerca dos fato ocorridos neste domingo.
*Reportagem de Camila Mattoso e Marcelo Rocha
Leia também
De tornozeleira, Roberto Jefferson chama Cármen Lúcia de prostituta arrombada
Jovem morre em acidente entre três carros na BR-470 em SC
Chuva de granizo atinge bairros de Florianópolis; veja imagens