A decisão foi às 18h30min e a Rede Manchete tinha os direitos da Copa do Brasil em 1991. Lembro que após sobrevoar Criciúma com o jornalista Moacir Pereira, Honorato Tomelim e esposa Marilina, fomos recebidos pelo empresário Guido Búrigo no aeroporto. Todos vestindo a camisa do Tigre. Desfilamos no Jeep do Guido até o estádio. Subi para as cabines e fui direto dar um abraço no narrador Paulo Stein (hoje SporTV) que tinha o Márcio Guedes a seu lado.

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Relembre o título de 1991 do Tigre

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Criciúma e Grêmio e o empate era suficiente para os catarinenses. Alguns dias antes eu e o Miguel Livramento tínhamos ido fazer uma palestra para os jogadores a pedido do Felipão, o técnico. Uma semana cheia e o momento histórico, o título e em seguida novas emoções. A recém Rede OM (Oscar Martinez) contratava Galvão Bueno e comprava os direitos da Libertadores. Nós, da RCE (Rede de Comunicações Eldorado) passamos a integrar a rede OM. O Criciúma estava na Libertadores e até hoje nenhum clube do Estado conseguiu este feito. Hoje não se decide a Copa do Brasil, mas ela tem o mesmo efeito, importância e sabor especialmente se a classificação vier.

O dirigente

Por conta aquela conquista o então presidente Moacir Fernandes até hoje é lembrado especialmente pelo técnico Luiz Felipe. A história tem sequência quando em 2002, na Coréia, ao me ver no treino da Seleção. Felipe me chamou para uma aproximação ao grupo de jornalistas e não poupou elogios ao presidente Fernandes. Relembrou fatos históricos como uma ligação telefônica para a residência do técnico quando ele havia saído do clube, lembrando que ele tinha direito ainda a um grande valor financeiro fruto de sua rescisão e que estava à disposição. Felipe sempre conclui: “Não existe mais dirigente igual aquele”.