Rubens Ignacio Vicencia está entre os melhores goleiros de Santa Catarina de todos os tempos. Reflexo imediato, agilidade, segurança e presença forte embaixo do gol, Rubens era a imagem que ofuscava os grandes atacantes de sua época. Metropol foi quem o projetou e onde conquistou títulos. O Avaí foi sua segunda casa onde também foi campeão e homenageado recentemente. Morreu nesta sexta-feira aos 74 anos e será enterrado sábado, às 15h, em Criciúma.

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Histórias

Durante a excursão do Avaí a países da América, Rubão entrou no bar e pediu uma Cucaracha a mando de algum gozador. Só depois foi saber que Cucaracha era barata. Para os repórteres ao tempo do Estádio Adolfo Konder, Rubão perguntava a todo instante: Quanto falta? Que horas são? Tenho que voltar cedo para casa porque o Ricardão pode chegar antes de mim.

Em 1963 era o único que conhecia Caxias do Sul, onde o Metropol jogaria um torneio. Nilso pediu para ser levado a uma boca maldita. Foi e voltou às 3h. Hilário Freitas, chefe da delegação, recolheu a chave do seu quarto e ele não conseguiu entrar. Dormiu no corredor enrolado na japona do clube e no sofá.

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Era proibido engordar. No hotel, o que mais serviam era macarrão com galeto, polenta etc. Rubão dava uma grana aos cozinheiros para levarem na madrugada ao seu quarto para poder dormir tranquilo.

Uma página inteira não seria suficiente para contar tudo sobre Rubens Ignácia, o Rubão. Ele ficará gravado na história do futebol catarinense.