Roberto Alves conta histórias de Carnaval de Santa Catarina

Sem Campeonato Catarinense neste feriado, aproveito para contar um pouco do que lembro desse Carnaval em Santa catarina. Domingo de momo, de alegria, do samba e da mulata fogosa, do bloco de sujos, da serpentina, do confete e da pausa do futebol. Vivenciei os carnavais de outrora da Praça XV, Paulo Fontes, passarela Nego Quirido a Sapucaí. Histórias mil.

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Liza Minnelli

Luiz Henrique Rosa, poucos sabem, foi um dos melhores meias esquerdas que conheci no futebol. Jogou no Paula Ramos. Foi namorado da Liza, cantou bossa nova no Carnegie Hall e trouxe a bela para ver o nosso Carnaval.

No caminhão

Foi em 1979. Liza assistiu ao desfile das escolas de samba sentada no caminhão de externa da TV Cultura. Luiz Henrique de um lado e, no outro, um grandalhão que era o namorado dela do momento.

Banheiro público

Empolgada e, mesmo sentada, ela dançou, cantarolou e até colocou a mão na minha coxa, com sorriso de agradecimento por estar ali. Arrepio total. De repente, o grandão queria urinar. Não havia onde e ele não fez cerimônia: foi ali mesmo, quase nos atingindo em cima do caminhão.

Praça XV

Tenho saudade dos Bororós, o bloco Aí Vem a Marinha, Filhos de Netuno, dos grandes desfiles da Granadeiros da Ilha, Tenentes do Diabo, Limoeiro e Trevo de Ouro.

Tombo

Foi na primeira transmissão da TV Cultura, onde como repórter resolvi subir no carro da rainha em uma noite de chuva. Levei o maior choque da paróquia e fui jogado nos braços do povo. Consagração e quase uma convulsão.

As meninas

Helio Norberto inovou com uma ala de mulheres no melhor topless. Anunciou que eram meninas e trouxe um time da Vila Palmira. A mais nova tinha 70 anos.

Na piscina

Tinha os bailes da Piscina no Lira Tênis Clube, onde elegíamos a rainha do Carnaval. O baile Municipal com o concurso das fantasias. Saudade do Dico (Osvaldo Gonçalves), nosso campeoníssimo.

Mexe-mexe

E o que dizer da banda que tinha como rainha Marisa Ramos, a nossa Sophia Loren, e Celso Pamplona como estrela maior? Saída de Coqueiros até o Centro. Desfile criado pelo Aldírio Simões ao melhor estilo da banda de Ipanema.

Imbatível

As disputas de cidadã samba (Troféu Propague) onde Nega Tide ganhava todos os anos. Carmem, Patrícia Arêas, depois a grande Jutiara, Maristela Figueiredo e a saudosa irmã Cristina, e mais recentemente a Jaqueline Aranha. Um timaço.

Nomes

Fazem parte da nossa história carnavalesca nomes como Abelardo Blumemberg, Armandino Gonzaga e a mulher Uda, Dona Geninha e Dona Didi, Claudinho, o popular Dela France, Dascuia, os irmãos Marinho, com Helio, Mário e Enio, mais Moraci Gomes, Aliatar Fraga e tantos outros que marcaram nossa história.