Aos 20 e poucos anos, Roberta Carlucci era uma alta executiva de uma multinacional na área de informática na Alemanha. Ali já demonstrava seu talento natural para a moda e, principalmente, para um dom de poucos: a perspicácia para perceber as sutis mensagens do comportamento e relacionamento humano. Complexo? Nem tanto.
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Roberta sacou logo, por exemplo, que seu jeito simpático constantemente passava a ideia de alguém doce demais e, por vezes, inocente. Mudou, e a resposta foi imediata. Assim como adotar looks neutros, pretos ou total white. Isso lhe conferia seriedade e respeito nas reuniões onde a maioria era homens.
A habilidade hoje é usada como profissão. Quando completou 25 anos, chegava a trabalhar 14 horas por dia e teve uma crise de estresse. Parou. Respirou. Repensou. Jogou pro ar a carreira de executiva e foi pra escola. Estudou Consultoria de Imagem no Istituto Marangoni, em Londres; no Ilana Berenholc, em São Paulo; e no Fashion Institute of Technology, em Nova York.
Hoje é personal stylist, uma das mais requisitadas no Estado. Aos 31 anos, sua rotina está quase igual à de cinco anos atrás: consultorias, um blog com mil acessos únicos (o que significa mil pessoas diferentes) e a pequena Stella, a filha de um ano e meio, consomem quase todo o seu tempo. Mas é claro que não é igual. Simplesmente porque Roberta está feliz na profissão.
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O convite para ser hostess do Donna Fashion foi mais um reconhecimento. Como ela mesma define, entre as três, deve ser a responsável por levar as potenciais consumidoras ao espaço VIP do evento. No mailing com 400 nomes de clientes, estão consumidoras em potencial, como profissionais liberais, da área jurídica e empresárias.
– Eu, a Shirley e a Liseane temos perfis de público diferentes. Isso é muito legal porque vai dar um bom mix ao espaço VIP – analisa.
Roberta acredita que o melhor jeito de recepcionar é ser diplomático com delicadeza, conhecer muito bem as pessoas e ter as informações de que precisam.
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