Restando poucos minutos para o começo de Uruguai e Holanda, as lojas começaram a ser fechadas e um corre-corre teve início entre os uruguaios. As paradas de ônibus estão cheias, a Avenida Sarandi, a principal da cidade, transformou-se em uma centopeia de carros, e as calçadas estão cheias, afinal, ninguém quer perder o início da partida.
Continua depois da publicidade
Até mesmo a fila para pintar o rosto com a bandeira do Uruguai tornou-se mais apressada. Uma loja de eletrônicos colocou três de seus funcionários a desenhar a bandeira, de graça, no rosto das crianças. A fila é grande desde as 11h.
– Vamos encerrar os trabalhos na hora do jogo. Depois, não haverá mais pinturas porque estaremos festejando a vaga à final – disse a Laura Silva, uma das pintoras de rostos.
Una anomalia
A Celeste uniu até mesmo os vizinhos e rivais Brasil e Argentina na corrente positiva para que os uruguaios cheguem à final da Copa. Antes do jogo, em Rivera, o casal Horácio Delfino e Carol Silva ganhou as ruas vestindo roupões de banho, com a bandeira uruguaia às costas, e chinelos de dedo. Estavam eufóricos. O detalhe: ele é argentino, ela, brasileira.
Continua depois da publicidade
– “Es una anomalia”, um argentino e uma brasileira juntos, eu sei. Mas o Uruguai nos uniu. Vamos morrer pela Celeste hoje – disse o empolgado Horácio, com uma vuvuzela nas mãos.
Argentino Horácio Delfino e a brasileira Carol Silva