Zunido sentido no lado de campo. Nos instantes seguintes é ouvido o espocar da bola com o barbante. Popp recebeu a bola e partiu em disparada. Se não deixou para trás, arrastou quem ousou cruzar o caminho. Feito um furacão, o mais apaixonado dos chamamentos alvinegros. Foi no limite, da velocidade e do campo, tocou para o lado e esperou que o desvio do companheiro fosse a última ação antes do abraço vibrante. O caminho do Figueirense é com Willian Popp. Batida conhecida em outros jogos e de execução aguardada para a matinê do retorno da Série B. Ele e mais 10 estarão com a camisa preta e branca no duelo das 11h deste sábado, no Independência, para o confronto do Figueira com o América-MG.
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O Figueirense vai no ritmo de Popp para embalar na luta pelo acesso à elite do Campeonato Brasileiro. Dos três gols mais recentes em jogos oficiais, o 2 a 1 sobre o Botafogo-SP na última partida antes da pausa pela Copa América e o 1 a 0 sobre o Brusque no título da Recopa Catarinense, dois tiveram a mesma melodia – arrancada de Popp para Rafael Marques tocar para o fundo das redes. Batida identificada pelos analistas de desempenho e solfejada aos treinadores adversários como alerta. Mas por mais repetições, a execução soa sempre inédita. Não é fácil pará-lo ao receber a bola na ponta com algum espaço para arranque.
O garoto de Joinville que realizou o sonho de menino em jogar no clube da cidade mostra com a camisa preta e branca uma faceta pouco vista no Norte de Santa Catarina: velocidade em favor da objetividade. Quando estava nos juniores do JEC que Hemerson Maria, então técnico do profissional, viu que ali estava um jogador que seria útil no futuro. Tem sido, anos depois do último contato, após passagem de Popp pelo futebol do oriente e o reencontro no Figueirense. Maturado pela bola, ganhou a camisa alvinegra e a chance de romper as linhas adversárias.
A esperança do treinador e da torcida é que em seja registrado em Belo Horizonte o zunido que precede o espoco.
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