O risco país do Brasil, medido pelo CDS (Credit Default Swap, na sigla em inglês, uma espécie de seguro contra calote), disparou na quinta-feira. O indicador ficou pior que o de países sem grau de investimento, como a Croácia e a Hungria, e apenas um ponto mais positivo do que o da Costa Rica, outra economia de grau especulativo.

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O CDS brasileiro saiu do patamar de 305 pontos, na quarta-feira, para 323 na quinta. O da Costa Rica estava em 324 pontos. Com o acirramento da incerteza política, o risco país brasileiro ficou maior que o da Croácia (267 pontos) e mais que o dobro do da Hungria (149 pontos).

– O mercado já demonstra que a probabilidade de perda do grau de investimentos é elevada, dado que o CDS está em 323 – diz o estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Plácido.

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Entre os chamados cinco frágeis, grupo de países apontado pelo banco Morgan Stanley como os mais suscetíveis às turbulências na economia internacional, o CDS do Brasil ficou absolutamente descolado e no topo do ranking.

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O indicador da África do Sul estava ontem em 222. O da Turquia, em 243, o da Indonésia, em 185, e o do México, em 137.