Como meio de transporte ou lazer, o uso da bicicleta exige cuidados do condutor e dos demais veículos no trânsito. De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), 11,7 mil pessoas no país se envolveram em acidentes com bicicletas em 2018. Os equipamentos de segurança para ciclistas podem amenizar lesões no caso de um acidente.
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— As pessoas que usam a bicicleta como esporte são mais ligadas aos equipamentos de segurança, como joelheira, cotoveleira, proteção ao punho, capacete. São equipamentos recomendados, mas não são obrigatórios. Sem esses equipamentos, a chance de uma lesão grave aumenta — explicou o ortopedista Sandro Reginaldo, da SBOT.
Por que usar proteção?
O Código de Trânsito Brasileiro exige o uso de buzina, espelho e adesivos refletores na frente, atrás, nas laterais e nos pedais da bicicleta.
Embora não sejam obrigatórios alguns equipamentos são altamente recomendados.
— Se a pessoa cai da bicicleta, a questão de colocar proteção no punho é porque ela leva a mão ao solo para proteger o rosto. Então, tem muitos casos de fratura de punho, por exemplo. Não adianta ela botar um capacete e sair cortando carro, subindo em calçada, andando na contramão. A conduta do ciclista é tão ou mais importante do que o uso dos dispositivos — explicou Reginaldo.
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Prudência no trânsito
Com o uso das bicicletas para serviços de entregas nos grandes centros, aumentam os riscos de acidente devido a fatores como velocidade e distração, agravada pelo uso de dispositivos de localização.
— Às vezes, a pessoa está pedalando e olhando no mapa o trajeto. Isso daí com certeza é um fator de distração, vai provocar um aumento do número de lesões. Embora a gente fale bastante do ciclista, ele não é o único culpado das coisas. A gente tem que buscar uma relação harmônica dos carros com as bicicletas, mas é importante o ciclista entender que não adianta ele ter toda razão, ele está muito mais exposto à lesão — afirmou.
Lei para todos
Para Sandro Reginaldo, além dos motoristas de carros, o ciclista também deve cumprir as leis de trânsito.
— Ele não pode entrar na contramão, não pode andar na calçada, a menos que esteja sinalizada para isso. Senão, ele tem que descer e empurrar a bicicleta. Ele não pode andar em uma roda só, nem sair cortando entre os carros. Enfim, se as duas partes funcionarem harmonicamente, só haverá aspectos positivos.
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